Tenossinovite de De Quervain
- EmergenciasUNO

- 17 de jul.
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MANUAL DE EMERGÊNCIAS MENORES
A tenossinovite de De Quervain é uma inflamação dos tendões e das suas bainhas sinoviais no lado radial do punho, afectando especificamente os tendões do extensor curto do polegar (extensor pollicis brevis) e do abdutor longo do polegar (abductor pollicis longus).
Esta condição desenvolve-se frequentemente devido a movimentos repetitivos do polegar e do punho, como levantar objetos, digitar ou realizar atividades desportivas. Os sintomas incluem dor na base do polegar, particularmente durante os movimentos ou rotação do punho, bem como edema e dificuldade em agarrar objetos.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, baseado na presença de dor no lado radial do punho. A prova de Finkelstein é a principal manobra diagnóstica: provoca dor ao realizar desvio cubital do punho com o polegar posicionado dentro do punho fechado. A ecografia pode ser útil para identificar espessamento dos tendões e inflamação da bainha sinovial.
Diagnóstico Diferencial
Condição | Características Distintivas |
Síndrome do túnel cárpico | Parestesias nos três primeiros dedos, sem dor localizada na região radial do punho. |
Entorse do punho | Dor generalizada após traumatismo, sem relação com movimentos repetitivos do polegar. |
Artrose da base do polegar | Dor articular crónica, mais associada ao uso prolongado e rigidez articular. |
Rutura do tendão extensor | Dor súbita com perda de função motora no polegar ou punho, geralmente com história de trauma. |
Abordagem de Emergência
A abordagem inicial inclui imobilização do punho e do polegar com tala, de modo a limitar o movimento e reduzir a inflamação. A administração de analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) é eficaz no controlo da dor. Recomenda-se aplicação de gelo na zona afectada e restrição de atividades que agravem os sintomas.
Tratamento Definitivo
O tratamento definitivo pode ser conservador, com imobilização prolongada e fisioterapia para reduzir a inflamação e reforçar os tendões. Nos casos resistentes, pode ser considerada a infiltração local com corticosteroides na bainha tendinosa.
Se a sintomatologia persistir, poderá ser necessária intervenção cirúrgica para libertação dos tendões envolvidos, permitindo o seu deslizamento sem fricção.

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