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Tenossinovite de De Quervain

MANUAL DE EMERGÊNCIAS MENORES



A tenossinovite de De Quervain é uma inflamação dos tendões e das suas bainhas sinoviais no lado radial do punho, afectando especificamente os tendões do extensor curto do polegar (extensor pollicis brevis) e do abdutor longo do polegar (abductor pollicis longus).


Esta condição desenvolve-se frequentemente devido a movimentos repetitivos do polegar e do punho, como levantar objetos, digitar ou realizar atividades desportivas. Os sintomas incluem dor na base do polegar, particularmente durante os movimentos ou rotação do punho, bem como edema e dificuldade em agarrar objetos.


Diagnóstico


O diagnóstico é clínico, baseado na presença de dor no lado radial do punho. A prova de Finkelstein é a principal manobra diagnóstica: provoca dor ao realizar desvio cubital do punho com o polegar posicionado dentro do punho fechado. A ecografia pode ser útil para identificar espessamento dos tendões e inflamação da bainha sinovial.


Diagnóstico Diferencial


Condição

Características Distintivas

Síndrome do túnel cárpico

Parestesias nos três primeiros dedos, sem dor localizada na região radial do punho.

Entorse do punho

Dor generalizada após traumatismo, sem relação com movimentos repetitivos do polegar.

Artrose da base do polegar

Dor articular crónica, mais associada ao uso prolongado e rigidez articular.

Rutura do tendão extensor

Dor súbita com perda de função motora no polegar ou punho, geralmente com história de trauma.

Abordagem de Emergência


A abordagem inicial inclui imobilização do punho e do polegar com tala, de modo a limitar o movimento e reduzir a inflamação. A administração de analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) é eficaz no controlo da dor. Recomenda-se aplicação de gelo na zona afectada e restrição de atividades que agravem os sintomas.


Tratamento Definitivo


O tratamento definitivo pode ser conservador, com imobilização prolongada e fisioterapia para reduzir a inflamação e reforçar os tendões. Nos casos resistentes, pode ser considerada a infiltração local com corticosteroides na bainha tendinosa.


Se a sintomatologia persistir, poderá ser necessária intervenção cirúrgica para libertação dos tendões envolvidos, permitindo o seu deslizamento sem fricção.

 
 
 

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