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Sinais Específicos de Lesão na Mão

MANUAL DE EMERGÊNCIAS MENORES



As lesões na mão podem afetar múltiplas estruturas, como ossos, tendões, ligamentos e nervos. Existem sinais clínicos específicos que ajudam a identificar o tipo e a gravidade da lesão. A deteção precoce destes sinais é essencial para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado, evitando complicações a longo prazo.


Diagnóstico

Sinal Clínico

Descrição

Dedo em martelo

Incapacidade de estender a articulação interfalângica distal (DID) do dedo, causada por rutura do tendão extensor na falange distal.

Deformidade em boutonnière

Flexão da articulação interfalângica proximal (PIP) com hiperextensão da distal, devido a lesão do tendão extensor.

Dedo em mola (tenossinovite estenosante)

Bloqueio ou estalido do dedo durante a flexão ou extensão, com dor na base do dedo, causado pelo aprisionamento do tendão na sua bainha.

Sinal de Tinel

Formigueiro ou dor à percussão sobre o túnel cárpico, indica irritação do nervo mediano (síndrome do túnel cárpico).

Teste de Phalen

Dor ou parestesias no território do nervo mediano (polegar, indicador e médio) ao fletir o punho por 60 segundos.

Deformidade em garfo

Deformidade visível do punho após fratura de Colles (fratura do rádio distal com desvio dorsal).

Incapacidade para fletir os dedos

Sugere lesão dos tendões flexores, comum após lacerações profundas.

Fraqueza da pinça

Dificuldade em fazer pinça entre polegar e indicador, associada a lesão do nervo mediano ou do tendão flexor longo do polegar.

Atrofia dos músculos interósseos

Perda de massa muscular no dorso da mão, especialmente entre os metacárpicos, indica lesão crónica do nervo cubital.


Diagnóstico Diferencial


Lesão

Características Distintivas

Rutura do tendão extensor

Dedo em martelo, com incapacidade de estender a articulação distal após trauma na ponta do dedo.

Rutura do tendão flexor

Incapacidade para fletir as articulações do dedo afetado, habitualmente após laceração profunda.

Fratura da falange ou metacarpo

Dor localizada, deformidade visível e mobilidade limitada no dedo ou mão, confirmada por radiografia.

Luxação articular

Deformidade articular com dor intensa, bloqueio mecânico e perda de mobilidade, geralmente por trauma direto.

Síndrome do túnel cárpico

Dor, formigueiro e fraqueza no polegar, indicador e médio, com sinais positivos de Tinel e Phalen.

Abordagem de Urgência


A abordagem de emergência às lesões da mão inclui a imobilização inicial do membro afetado, administração de analgésicos e anti-inflamatórios, e encaminhamento para exames complementares de imagem (radiografias, ecografia) caso se suspeitem fraturas ou lesões tendinosas.


As lesões que envolvem nervos ou tendões, bem como fraturas com desvio, requerem avaliação imediata para possível intervenção cirúrgica.


Tratamento Definitivo


O tratamento definitivo depende do tipo de lesão. As fraturas podem necessitar de redução e imobilização ou de cirurgia. As lesões tendinosas, como o dedo em martelo ou ruturas dos tendões flexores, geralmente requerem reparação cirúrgica.


As lesões menores podem ser tratadas de forma conservadora com imobilização temporária, fisioterapia e, em alguns casos, injeções de corticosteroides para alívio da inflamação em casos de tenossinovite ou síndrome do túnel cárpico. A reabilitação é essencial para recuperar a mobilidade e função da mão.

 
 
 

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