Sinais Clínicos de Lesão na Mão
- EmergenciasUNO

- 15 de jul.
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MANUAL DE EMERGÊNCIAS MENORES
As lesões da mão podem afetar uma ampla variedade de estruturas, incluindo ossos, tendões, nervos, ligamentos e vasos sanguíneos. Os sinais clínicos variam consoante o tipo e a gravidade da lesão, mas geralmente incluem dor, edema, deformidade e perda funcional. A identificação precoce destes sinais é essencial para prevenir complicações a longo prazo, como perda de mobilidade ou força.
Diagnóstico
Sinal Clínico | Descrição |
Dor localizada | Geralmente na zona afetada; intensidade variável de leve a intensa. |
Edema (inchaço) | Inflamação ao redor da área lesionada, indicativa de resposta inflamatória. |
Deformidade visível | Desvio dos dedos ou do punho; sugere fratura ou luxação. |
Limitação do movimento | Dificuldade ou incapacidade em mover os dedos ou o punho; indica possível lesão tendinosa, fratura ou luxação. |
Equimose | Descoloração azulada/arroxeada da pele; indica trauma vascular subjacente. |
Perda de sensibilidade | Sugere lesão nervosa (nervo mediano, radial ou cubital). |
Crepitação | Sensação de estalido ou ruído ao mobilizar a articulação; comum em fraturas. |
Diagnóstico Diferencial
Lesão | Características Distintivas |
Fratura | Dor aguda, deformidade visível, crepitação óssea, limitação funcional acentuada, equimose. |
Rutura tendinosa | Incapacidade de mobilização ativa (flexão/extensão), dor localizada, sem deformidade óssea. |
Lesão nervosa | Défices sensitivos em territórios específicos (ex.: polegar e dedos médios – síndrome do túnel cárpico). |
Luxação articular | Deformidade evidente da articulação, dor intensa, bloqueio do movimento. |
Tenossinovite | Dor e tumefação ao longo do tendão, estalido ou bloqueio na mobilização do dedo. |
Abordagem na Urgência
Na urgência, o manejo inicial das lesões da mão inclui:
Imobilização da extremidade
Aplicação de gelo local
Administração de analgésicos
Fraturas, luxações e ruturas tendinosas devem ser avaliadas por ortopedia ou cirurgia da mão. Feridas abertas devem ser lavadas, desbridadas e suturadas se necessário, com profilaxia antibiótica e antitetânica consoante o risco de infeção.
Em caso de suspeita de lesão neurovascular, é obrigatória a avaliação imediata da perfusão distal e da integridade nervosa.
Tratamento Definitivo
O tratamento definitivo depende da lesão:
Fraturas: podem necessitar de redução fechada ou cirurgia com osteossíntese
Lesões tendinosas ou nervosas: requerem geralmente reparação cirúrgica precoce
Fisioterapia pós-lesão é essencial para restaurar a mobilidade e prevenir rigidez
Lesões menores (entorses, tenossinovites): tratadas de forma conservadora com imobilização temporária, AINEs e reabilitação funcional

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