Secreção Vaginal – Corrimento Vaginal
- EmergenciasUNO
- 23 de jun.
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
A secreção vaginal, também conhecida como corrimento vaginal, é um fenómeno fisiológico que pode tornar-se patológico em determinadas circunstâncias. Este artigo aborda os sintomas, sinais clínicos, exame físico, exames diagnósticos e a abordagem em contexto de urgência relacionados com a secreção vaginal.
Sintomas
Os sintomas associados à secreção vaginal podem variar bastante consoante a etiologia. Os mais comuns incluem:
Prurido: Comichão na região vulvar e vaginal
Ardor: Sensação de queimadura, especialmente durante a micção ou relações sexuais
Leucorreia: Corrimento vaginal anómalo, com diferentes cores e consistências: branco espesso (candidíase), acinzentado (vaginose bacteriana), ou esverdeado-amarelado (tricomoníase)
Odor: Odor desagradável, frequentemente descrito como “cheiro a peixe”, típico da vaginose bacteriana[1][2]
Sinais Clínicos
Durante o exame físico, podem observar-se sinais úteis para identificar a causa da secreção:
Eritema e inflamação: Rubor e edema da vulva e vagina
Secreção anómala: Pode ser abundante, malcheirosa ou hemática
Lesões: Presença de lesões ou massas vulvares indicativas de infeção ou irritação[3][4]
Exploração
A avaliação ginecológica é essencial na investigação da secreção vaginal. Inclui:
Exame com espéculo: Para visualizar o colo do útero e as paredes vaginais
Colheita de amostras: Utilização de zaragatoas para recolher secreções a analisar microscopicamente[6][8]
Durante esta avaliação, procura-se identificar as características do corrimento, sinais de inflamação e possíveis agentes etiológicos.
Exames Diagnósticos
Os exames complementares são fundamentais para identificar a causa do corrimento vaginal:
Exame microscópico: Para deteção de microrganismos como fungos ou bactérias
Cultura microbiológica: Para diagnóstico de infeções como candidíase, vaginose bacteriana ou tricomoníase
pH vaginal: A medição do pH ajuda a diferenciar infeções; por exemplo, pH >4,5 sugere vaginose bacteriana[5][10]
Abordagem em Situações de Emergência
O tratamento em contexto de urgência depende do diagnóstico e da gravidade clínica. Nos casos em que o corrimento vaginal é acompanhado de febre elevada, dor pélvica intensa ou secreção hemática, deve ser procurada assistência médica imediata.
Tratamento inicial pode incluir:
Antibióticos: Para infeções bacterianas como vaginose e tricomoníase
Antifúngicos: Para tratamento da candidíase
Analgésicos: Para alívio da dor associada[2][4]
É essencial realizar seguimento clínico adequado para evitar complicações e garantir a recuperação completa.
A secreção vaginal é um sintoma frequente que pode refletir diversas condições patológicas. Um diagnóstico rigoroso e uma abordagem terapêutica adequada são fundamentais para assegurar a saúde ginecológica das pacientes.
Citações
[2] https://www.msdmanuals.com/es-ar/professional/ginecología-y-obstetricia/síntomas-de-los-trastornos-ginecológicos/prurito-y-secreción-vaginal
[8] https://www.msdmanuals.com/es/hogar/salud-femenina/vaginitis-cervicitis-y-enfermedad-inflamatoria-pélvica/introducción-a-la-vaginitis-infección-o-inflamación-vaginal
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