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Secreção Vaginal – Corrimento Vaginal

MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025


A secreção vaginal, também conhecida como corrimento vaginal, é um fenómeno fisiológico que pode tornar-se patológico em determinadas circunstâncias. Este artigo aborda os sintomas, sinais clínicos, exame físico, exames diagnósticos e a abordagem em contexto de urgência relacionados com a secreção vaginal.


Sintomas


Os sintomas associados à secreção vaginal podem variar bastante consoante a etiologia. Os mais comuns incluem:


  • Prurido: Comichão na região vulvar e vaginal


  • Ardor: Sensação de queimadura, especialmente durante a micção ou relações sexuais


  • Leucorreia: Corrimento vaginal anómalo, com diferentes cores e consistências: branco espesso (candidíase), acinzentado (vaginose bacteriana), ou esverdeado-amarelado (tricomoníase)


  • Odor: Odor desagradável, frequentemente descrito como “cheiro a peixe”, típico da vaginose bacteriana[1][2]


Sinais Clínicos


Durante o exame físico, podem observar-se sinais úteis para identificar a causa da secreção:


  • Eritema e inflamação: Rubor e edema da vulva e vagina


  • Secreção anómala: Pode ser abundante, malcheirosa ou hemática


  • Lesões: Presença de lesões ou massas vulvares indicativas de infeção ou irritação[3][4]


Exploração


A avaliação ginecológica é essencial na investigação da secreção vaginal. Inclui:


  • Exame com espéculo: Para visualizar o colo do útero e as paredes vaginais


  • Colheita de amostras: Utilização de zaragatoas para recolher secreções a analisar microscopicamente[6][8]


Durante esta avaliação, procura-se identificar as características do corrimento, sinais de inflamação e possíveis agentes etiológicos.


Exames Diagnósticos


Os exames complementares são fundamentais para identificar a causa do corrimento vaginal:


  • Exame microscópico: Para deteção de microrganismos como fungos ou bactérias


  • Cultura microbiológica: Para diagnóstico de infeções como candidíase, vaginose bacteriana ou tricomoníase


  • pH vaginal: A medição do pH ajuda a diferenciar infeções; por exemplo, pH >4,5 sugere vaginose bacteriana[5][10]


Abordagem em Situações de Emergência


O tratamento em contexto de urgência depende do diagnóstico e da gravidade clínica. Nos casos em que o corrimento vaginal é acompanhado de febre elevada, dor pélvica intensa ou secreção hemática, deve ser procurada assistência médica imediata.


Tratamento inicial pode incluir:


  • Antibióticos: Para infeções bacterianas como vaginose e tricomoníase


  • Antifúngicos: Para tratamento da candidíase


  • Analgésicos: Para alívio da dor associada[2][4]


É essencial realizar seguimento clínico adequado para evitar complicações e garantir a recuperação completa.


A secreção vaginal é um sintoma frequente que pode refletir diversas condições patológicas. Um diagnóstico rigoroso e uma abordagem terapêutica adequada são fundamentais para assegurar a saúde ginecológica das pacientes.


Citações


 
 
 

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