top of page

Síndrome de Choque Tóxico (SCT)

MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025



A Síndrome de Choque Tóxico (SCT) é uma patologia grave e potencialmente fatal, causada por toxinas produzidas por bactérias como Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. Embora possa afetar pessoas de qualquer idade e sexo, está classicamente associada à utilização de tampões superabsorventes. Seguem-se os aspetos clínicos mais relevantes do SCT, incluindo sintomas, sinais, avaliação, exames diagnósticos e conduta em contexto de urgência.


Sintomas


O SCT caracteriza-se por início súbito de sintomas, incluindo:


  • Febre elevada


  • Hipotensão


  • Exantema cutâneo semelhante a queimadura solar


  • Vómitos e diarreia


  • Mialgias


  • Eritema conjuntival, oral e faríngeo


  • Confusão ou desorientação[1][3][4]


Sem tratamento adequado, pode evoluir rapidamente para falência multiorgânica.


Sinais Clínicos


Os sinais clínicos incluem:


  • Hipotensão grave refratária à reposição volémica


  • Exantema eritematoso difuso


  • Descamação cutânea em fases posteriores


  • Disfunção de múltiplos órgãos (hepática, renal, pulmonar, cardíaca)


  • Coagulopatia


  • Síndrome de dificuldade respiratória aguda (SDRA)[1][4][5]


Avaliação


Durante o exame físico, devem ser identificados:


  • Focos de infeção (feridas, presença de corpos estranhos)


  • Estado hemodinâmico e perfusão periférica


  • Sinais de falência orgânica


  • Exantema característico e descamação subsequente[5][6]


Exames Diagnósticos


O diagnóstico baseia-se na clínica e na identificação microbiológica do agente etiológico:


  • Hemoculturas e culturas de tecidos infetados para isolar o agente causal


  • TAC ou ressonância magnética em casos de infeção profunda


  • Análises laboratoriais para monitorização da função orgânica (renal, hepática, hematológica, etc.)[1][6]


Abordagem em Situações de Emergência


A gestão do SCT exige internamento imediato, geralmente em unidade de cuidados intensivos:


  • Reposição agressiva de fluidos intravenosos para correção da hipotensão


  • Administração de antibióticos de largo espetro eficazes contra S. aureus e S. pyogenes


  • Remoção de corpos estranhos (como tampões ou dispositivos intrauterinos)


  • Desbridamento cirúrgico, se necessário, para remoção de tecido infetado[1][6]


  • Em casos graves, pode ser considerada a administração de imunoglobulina intravenosa para neutralização das toxinas bacterianas[5]


Citações


 
 
 

Comentários


bottom of page