Retenção Urinária
- EmergenciasUNO
- 12 de jun.
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MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
Definição
A retenção urinária, um desafio clínico que exige acuidade diagnóstica e intervenção imediata, caracteriza-se pela incapacidade de esvaziar completamente a bexiga.
Esta condição, que pode manifestar-se de forma aguda ou crónica, representa uma urgência médica que requer uma avaliação criteriosa por parte dos profissionais do Serviço de Urgência para garantir um tratamento eficaz.
Causas
As causas da retenção urinária são variadas e vão desde obstruções mecânicas, como litíase ou neoplasias, até disfunções neuromusculares e condições inflamatórias. Nos casos agudos, a hiperplasia benigna da próstata nos homens e a retenção urinária secundária a infeções são comuns. Nas mulheres, as causas podem incluir cistite ou efeitos adversos de determinados medicamentos.
A identificação precoce dos fatores de risco e a avaliação da etiologia subjacente são fundamentais para orientar a abordagem terapêutica no contexto de urgência.
A anamnese detalhada, o exame físico e, em alguns casos, exames de imagem como a ecografia vesical, são essenciais para determinar a causa da retenção urinária.
Abordagem no Serviço de Urgência
O tratamento da retenção urinária no Serviço de Urgência exige uma intervenção imediata e individualizada. A colocação de uma sonda vesical (uretral) é frequentemente necessária para aliviar a obstrução e permitir o esvaziamento da bexiga. Para além disso, é fundamental tratar a causa subjacente, seja através da resolução da obstrução, do tratamento de infeções ou da gestão de disfunções neurológicas.
Nos casos crónicos, poderá ser necessária a referenciação para urologia ou outras especialidades, com vista a uma avaliação mais aprofundada. A monitorização da função renal e o acompanhamento a longo prazo são componentes cruciais na gestão continuada dos doentes com retenção urinária.
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