Problemas Uterinos
- EmergenciasUNO
- 20 de jun.
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
Os problemas uterinos são condições comuns que podem afetar significativamente a saúde reprodutiva e a qualidade de vida das mulheres. Este artigo aborda os aspetos principais, incluindo sintomas, sinais clínicos, exame físico, exames complementares e o manejo em situações de emergência.
Sintomas
Os sintomas dos problemas uterinos podem variar consoante a condição específica, mas incluem:
Hemorragia menstrual abundante ou irregular[1][2]
Dor pélvica ou abdominal[1]
Sensação de pressão na pelve[1]
Micção frequente ou dificuldade em urinar[1]
Dor durante as relações sexuais[1][2]
Menstruações mais longas ou frequentes[1]
Hemorragia entre períodos menstruais[2]
É importante destacar que algumas mulheres podem não apresentar sintomas evidentes, especialmente nas fases iniciais de condições como os miomas uterinos[1].
Sinais clínicos
Os sinais clínicos dos problemas uterinos podem incluir:
Aumento do volume uterino[1]
Alterações na morfologia uterina[2]
Anemia causada por hemorragia abundante[1][2]
Distensão abdominal[5]
Obstipação e acumulação de gases[5]
Exame físico
A avaliação geralmente envolve:
Exame pélvico completo, incluindo inspeção dos genitais externos, vulva e períneo[6]
Utilização de espéculo para avaliação da vagina e colo do útero[6]
Toque bimanual para avaliar o tamanho, forma e posição do útero[6]
Avaliação dos sinais vitais e estado geral da paciente[6]
Exames complementares
Os exames mais frequentemente utilizados incluem:
Ecografia transvaginal: permite visualizar o interior do útero e detetar anomalias[3]
Histeroscopia: observação direta da cavidade uterina[3]
Biópsia endometrial: análise do tecido do endométrio[3]
Análises sanguíneas: avaliação hormonal e deteção de anemia[2][6]
Ressonância magnética (RMN): imagens detalhadas do útero e estruturas pélvicas[6]
Tomografia computorizada (TAC): usada em casos específicos para complementar a ecografia[6]
Tratamento de emergência
O tratamento de emergências em problemas uterinos depende da condição e da gravidade, incluindo:
Avaliação rápida do estado hemodinâmico da paciente[6]
Estabelecimento de acesso venoso para administração de fluidos[6][7]
Monitorização contínua dos sinais vitais[7]
Controlo da hemorragia:
Administração de uterotónicos como ocitocina ou ergometrina em hemorragia pós-parto[4]
Consideração de tamponamento uterino com balão hemostático em atonia uterina[4]
Tratamento da anemia, incluindo transfusão se necessário[4][6]
Alívio da dor[6]
Realização urgente de exames como ecografia ou análises de sangue[6]
Consideração de cirurgia nos casos graves ou refratários ao tratamento médico[6]
Em casos de hemorragia grave, poderá ser necessário ativar o “código vermelho obstétrico” e seguir os protocolos de transfusão maciça[4].
É fundamental que o tratamento emergente dos problemas uterinos seja realizado por uma equipa multidisciplinar, num centro com capacidade para cuidados obstétricos e ginecológicos especializados[7].
Os problemas uterinos abrangem uma vasta gama de condições que exigem uma abordagem diagnóstica e terapêutica abrangente. O reconhecimento precoce, a realização de exames adequados e o tratamento eficaz em contexto de urgência são essenciais para preservar a saúde reprodutiva das mulheres.
Citações
[3] https://www.mayoclinic.org/es/diseases-conditions/uterine-polyps/diagnosis-treatment/drc-20378713
[4]https://unisalud.unicauca.edu.co/unisalud/sites/default/files/atencion_de_emergencias_obstetricas.docx.pdf
[7] https://www.elsevier.es/es-revista-revista-medica-clinica-las-condes-202-articulo-urgencias-obstetricia-S0716864011704321
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