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Problemas Ováricos

MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025



Os problemas ováricos abrangem uma vasta gama de condições que afetam a função e estrutura dos ovários. Este artigo examina os aspetos principais destas patologias, incluindo sintomas, sinais clínicos, exame físico, exames diagnósticos e abordagem em situações de emergência.


Sintomas


Os sintomas dos problemas ováricos podem variar significativamente conforme a condição. Entre os mais comuns incluem-se:


  • Irregularidades menstruais, como amenorreia ou ciclos irregulares[1][4]


  • Dor pélvica, que pode ser intermitente, surda ou aguda[5]


  • Dor abdominal súbita e intensa, especialmente em casos de torção ovárica[1][3]


  • Infertilidade ou dificuldade para engravidar[4][6]


  • Aumento de peso, particularmente na região abdominal[4][6]


Em alguns casos, os problemas ováricos podem não apresentar sintomas evidentes e ser descobertos em exames de rotina ou por imagem realizados por outras razões[5].


Sinais clínicos


Os sinais clínicos podem incluir:


  • Ovários aumentados ou com múltiplos quistos, detetáveis por palpação ou imagem[2][6]


  • Sinais de hiperandrogenismo como acne, hirsutismo ou alopecia androgénica[4][6]


  • Obesidade de padrão androide[4]


  • Acantose nigricans, indicativa de resistência à insulina[6]


  • Em situações agudas, sinais de abdómen agudo como defesa e dor à descompressão brusca[1][3]


Exame físico


A avaliação clínica é fundamental e inclui:


  • Exame pélvico completo, que pode revelar massas ou sensibilidade ovárica[5][7]


  • Avaliação do índice de massa corporal (IMC) e distribuição da gordura corporal[6]


  • Exame cutâneo para sinais de hiperandrogenismo ou resistência à insulina[6]


  • Palpação abdominal para detetar massas ou sinais de irritação peritoneal[1][3]


Exames diagnósticos


Os exames mais utilizados incluem:


  • Ecografia pélvica ou transvaginal para observar morfologia ovárica e identificar quistos ou tumores[2][5][7]


  • Análises sanguíneas para dosagem hormonal (androgénios, estrogénios, progesterona)[6][7]


  • Avaliação da função tiroideia e níveis de prolactina para excluir outras causas de alterações menstruais[6]


  • Teste de tolerância à glicose e perfil lipídico, especialmente no contexto de síndrome dos ovários poliquísticos (SOP)[6][7]


  • RMN ou TAC em casos selecionados para avaliação mais detalhada[5]


Abordagem de emergência


O manejo de emergência foca-se principalmente em situações agudas como:


  • Torção ovárica ou rotura de quistos, com abordagem que inclui:


    • Avaliação hemodinâmica rápida e estabilização, se necessário[1][3]


    • Analgesia adequada[1][3]


    • Ecografia urgente para confirmação diagnóstica[3][5]


    • Cirurgia imediata (geralmente laparoscópica) em casos de torção para preservar o ovário[1][3]


    • Em rotura de quisto, o tratamento pode ser conservador com vigilância e analgesia, ou cirúrgico se houver hemorragia significativa ou instabilidade hemodinâmica[3][5]


Os problemas ováricos requerem uma abordagem diagnóstica e terapêutica abrangente. O reconhecimento precoce dos sinais e sintomas, bem como o uso apropriado de exames complementares, é essencial para um manejo eficaz. Em emergências, uma intervenção rápida e correta pode ser crucial para preservar a função ovárica e a saúde global da paciente.


Citações


[8] 

 
 
 

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