Problemas Ováricos
- EmergenciasUNO

- 20 de jun.
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
Os problemas ováricos abrangem uma vasta gama de condições que afetam a função e estrutura dos ovários. Este artigo examina os aspetos principais destas patologias, incluindo sintomas, sinais clínicos, exame físico, exames diagnósticos e abordagem em situações de emergência.
Sintomas
Os sintomas dos problemas ováricos podem variar significativamente conforme a condição. Entre os mais comuns incluem-se:
Irregularidades menstruais, como amenorreia ou ciclos irregulares[1][4]
Dor pélvica, que pode ser intermitente, surda ou aguda[5]
Dor abdominal súbita e intensa, especialmente em casos de torção ovárica[1][3]
Infertilidade ou dificuldade para engravidar[4][6]
Aumento de peso, particularmente na região abdominal[4][6]
Em alguns casos, os problemas ováricos podem não apresentar sintomas evidentes e ser descobertos em exames de rotina ou por imagem realizados por outras razões[5].
Sinais clínicos
Os sinais clínicos podem incluir:
Ovários aumentados ou com múltiplos quistos, detetáveis por palpação ou imagem[2][6]
Sinais de hiperandrogenismo como acne, hirsutismo ou alopecia androgénica[4][6]
Obesidade de padrão androide[4]
Acantose nigricans, indicativa de resistência à insulina[6]
Em situações agudas, sinais de abdómen agudo como defesa e dor à descompressão brusca[1][3]
Exame físico
A avaliação clínica é fundamental e inclui:
Exame pélvico completo, que pode revelar massas ou sensibilidade ovárica[5][7]
Avaliação do índice de massa corporal (IMC) e distribuição da gordura corporal[6]
Exame cutâneo para sinais de hiperandrogenismo ou resistência à insulina[6]
Palpação abdominal para detetar massas ou sinais de irritação peritoneal[1][3]
Exames diagnósticos
Os exames mais utilizados incluem:
Ecografia pélvica ou transvaginal para observar morfologia ovárica e identificar quistos ou tumores[2][5][7]
Análises sanguíneas para dosagem hormonal (androgénios, estrogénios, progesterona)[6][7]
Avaliação da função tiroideia e níveis de prolactina para excluir outras causas de alterações menstruais[6]
Teste de tolerância à glicose e perfil lipídico, especialmente no contexto de síndrome dos ovários poliquísticos (SOP)[6][7]
RMN ou TAC em casos selecionados para avaliação mais detalhada[5]
Abordagem de emergência
O manejo de emergência foca-se principalmente em situações agudas como:
Torção ovárica ou rotura de quistos, com abordagem que inclui:
Avaliação hemodinâmica rápida e estabilização, se necessário[1][3]
Analgesia adequada[1][3]
Ecografia urgente para confirmação diagnóstica[3][5]
Cirurgia imediata (geralmente laparoscópica) em casos de torção para preservar o ovário[1][3]
Em rotura de quisto, o tratamento pode ser conservador com vigilância e analgesia, ou cirúrgico se houver hemorragia significativa ou instabilidade hemodinâmica[3][5]
Os problemas ováricos requerem uma abordagem diagnóstica e terapêutica abrangente. O reconhecimento precoce dos sinais e sintomas, bem como o uso apropriado de exames complementares, é essencial para um manejo eficaz. Em emergências, uma intervenção rápida e correta pode ser crucial para preservar a função ovárica e a saúde global da paciente.
Citações
[3 ] https://www.elsevier.es/es-revista-clinica-e-investigacion-ginecologia-obstetricia-7-articulo-abdomen-agudo-rotura-espontanea-quiste-endometriosico-ovarico-8903
[4] https://www.elsevier.es/es-revista-revista-medica-clinica-las-condes-202-articulo-sindrome-ovario-poliquistico-diagnostico-manejo-S0716864013702293

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