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Problemas Contraceptivos

MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025



Os métodos contraceptivos são amplamente utilizados para prevenir gravidezes não desejadas, mas podem apresentar diversos problemas e efeitos secundários. Este artigo examina os sintomas, sinais clínicos, avaliação, exames diagnósticos e abordagem em situações de emergência relacionados com problemas contraceptivos.


Sintomas


Os sintomas associados a problemas contraceptivos podem variar conforme o método utilizado. No caso dos contraceptivos hormonais, os sintomas mais comuns incluem:


  • Alterações de humor e depressão [1][5]


  • Náuseas e vómitos [5]


  • Cefaleias e enxaquecas [1][5]


  • Sensibilidade mamária [5]


  • Hemorragia irregular ou ausência de menstruação [1][5]


  • Aumento de peso [1][5]


No caso dos dispositivos intrauterinos (DIU), os sintomas podem incluir:


  • Dor abdominal intensa [1]


  • Cólicas e dor lombar [4]


  • Menstruações irregulares e dolorosas [4]


Sinais


Os sinais clínicos que podem indicar problemas com métodos contraceptivos incluem:


  • Hipertensão arterial [5]


  • Sinais de trombose venosa profunda, como edema de uma perna [3]


  • Dor torácica ou dificuldade respiratória, que podem indicar embolia pulmonar [3]


  • Icterícia, que pode sugerir problemas hepáticos [7]


  • Sinais de infeção pélvica em utilizadoras de DIU [4]


Avaliação


A avaliação médica para detetar problemas contraceptivos deve incluir:


  • Medição da pressão arterial [6]


  • Exame físico geral, incluindo avaliação mamária [1]


  • Avaliação abdominal e pélvica, especialmente em utilizadoras de DIU [6]


  • Avaliação de sinais de trombose venosa profunda [3]


Importa destacar que, embora historicamente se considerasse necessária uma avaliação pélvica antes de iniciar um método contraceptivo, estudos recentes indicam que isso pode não ser essencial em todos os casos [6].


Exames Diagnósticos


Os exames diagnósticos que podem ser necessários para avaliar problemas contraceptivos incluem:


  • Teste de gravidez [1]


  • Análises ao sangue para avaliar a função hepática [3]


  • Estudos de coagulação [5]


  • Perfil lipídico [6]


  • Testes de rastreio de infeções sexualmente transmissíveis (IST) [6]


  • Citologia vaginal [6]


A necessidade e frequência destes exames podem variar consoante o método contraceptivo utilizado e os fatores de risco individuais da paciente [6].


Abordagem em Emergência


A gestão de emergências relacionadas com contraceptivos depende da situação específica:


Suspeita de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar:


  • Suspender imediatamente o contraceptivo hormonal [3]


  • Realizar exames diagnósticos urgentes


  • Iniciar anticoagulação se o diagnóstico for confirmado


Dor abdominal intensa em utilizadoras de DIU:


  • Avaliar a possibilidade de gravidez ectópica ou perfuração uterina [4]


  • Realizar ecografia pélvica de urgência


  • Considerar a extração do DIU se uma complicação for confirmada


Hemorragia abundante:


  • Avaliar a estabilidade hemodinâmica


  • Considerar o uso de fármacos para controlo da hemorragia


  • Em casos graves, pode ser necessária hospitalização


Reação alérgica grave:


  • Suspender o método contraceptivo


  • Administrar tratamento de emergência para anafilaxia, se necessário


Esquecimento de pílulas ou falha do método:


  • Considerar o uso de contraceção de emergência até 72 horas após a relação sexual não protegida [7]


Os métodos contraceptivos são, em geral, seguros e eficazes. É crucial que os profissionais de saúde estejam familiarizados com os potenciais problemas e a sua abordagem.


Uma estratégia individualizada, considerando os fatores de risco e preferências de cada paciente, é essencial para garantir um uso seguro e eficaz dos métodos contraceptivos.


Citações


 
 
 

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