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Prescrição na Gravidez e Durante a Lactação

MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025



A prescrição de medicamentos durante a gravidez e a lactação exige cuidadosa ponderação dos riscos e benefícios, tanto para a mãe como para o feto ou lactente. É crucial que os profissionais de saúde conheçam os princípios da farmacologia nestas fases para garantir segurança e eficácia do tratamento.


Sintomas que podem exigir intervenção


  • Náuseas e vómitos, sobretudo no primeiro trimestre


  • Cefaleias e enxaquecas


  • Dor lombar e pélvica


  • Prisão de ventre


  • Azia


  • Insónias


  • Ansiedade e depressão


Importa avaliar estes sintomas com atenção, pois alguns fazem parte do processo fisiológico da gravidez, enquanto outros podem indicar patologias subjacentes que requerem tratamento[1].


Sinais clínicos que justificam prescrição


  • Hipertensão arterial


  • Edema


  • Proteinúria


  • Febre


  • Hemorragia vaginal


  • Contrações uterinas prematuras


  • Diminuição dos movimentos fetais


Estes sinais podem ser indicativos de pré-eclâmpsia, infeções, ameaça de parto prematuro ou sofrimento fetal, exigindo avaliação e intervenção adequadas[2].


Avaliação física recomendada


  • Monitorização da pressão arterial


  • Avaliação de peso e cálculo do IMC


  • Exame das mamas (na lactação, para despiste de mastite)


  • Medição da altura do fundo uterino


  • Avaliação de edemas


  • Auscultação da frequência cardíaca fetal[3]


Exames auxiliares úteis na prescrição


  • Hemograma completo


  • Provas de função hepática e renal


  • Teste de tolerância à glicose


  • Urocultura e cultura vaginal


  • Ecografia obstétrica


  • Monitorização fetal


  • No caso da lactação: cultura do leite materno se houver suspeita de mastite[4]


Situações de urgência e medicação recomendada


  • Choque anafilático: adrenalina continua a ser o fármaco de eleição, mesmo considerando efeitos na circulação uterina.


  • Crises convulsivas: diazepam pode ser utilizado com precaução.


  • Hemorragia pós‑parto: administração de ocitocina é o tratamento de primeira linha.


  • Dor aguda: paracetamol geralmente seguro; os AINE devem ser evitados no terceiro trimestre.


É fundamental que as equipas de saúde conheçam os protocolos de emergência específicos para mulheres grávidas ou em fase de lactação.


A prescrição nestas fases requer abordagem personalizada, avaliando riscos e benefícios, e o constante recurso a evidência atualizada e orientações clínicas para assegurar a segurança da mãe e do bebé.


Citações


 
 
 

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