Prescrição na Gravidez e Durante a Lactação
- EmergenciasUNO
- 20 de jun.
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
A prescrição de medicamentos durante a gravidez e a lactação exige cuidadosa ponderação dos riscos e benefícios, tanto para a mãe como para o feto ou lactente. É crucial que os profissionais de saúde conheçam os princípios da farmacologia nestas fases para garantir segurança e eficácia do tratamento.
Sintomas que podem exigir intervenção
Náuseas e vómitos, sobretudo no primeiro trimestre
Cefaleias e enxaquecas
Dor lombar e pélvica
Prisão de ventre
Azia
Insónias
Ansiedade e depressão
Importa avaliar estes sintomas com atenção, pois alguns fazem parte do processo fisiológico da gravidez, enquanto outros podem indicar patologias subjacentes que requerem tratamento[1].
Sinais clínicos que justificam prescrição
Hipertensão arterial
Edema
Proteinúria
Febre
Hemorragia vaginal
Contrações uterinas prematuras
Diminuição dos movimentos fetais
Estes sinais podem ser indicativos de pré-eclâmpsia, infeções, ameaça de parto prematuro ou sofrimento fetal, exigindo avaliação e intervenção adequadas[2].
Avaliação física recomendada
Monitorização da pressão arterial
Avaliação de peso e cálculo do IMC
Exame das mamas (na lactação, para despiste de mastite)
Medição da altura do fundo uterino
Avaliação de edemas
Auscultação da frequência cardíaca fetal[3]
Exames auxiliares úteis na prescrição
Hemograma completo
Provas de função hepática e renal
Teste de tolerância à glicose
Urocultura e cultura vaginal
Ecografia obstétrica
Monitorização fetal
No caso da lactação: cultura do leite materno se houver suspeita de mastite[4]
Situações de urgência e medicação recomendada
Choque anafilático: adrenalina continua a ser o fármaco de eleição, mesmo considerando efeitos na circulação uterina.
Crises convulsivas: diazepam pode ser utilizado com precaução.
Hemorragia pós‑parto: administração de ocitocina é o tratamento de primeira linha.
Dor aguda: paracetamol geralmente seguro; os AINE devem ser evitados no terceiro trimestre.
É fundamental que as equipas de saúde conheçam os protocolos de emergência específicos para mulheres grávidas ou em fase de lactação.
A prescrição nestas fases requer abordagem personalizada, avaliando riscos e benefícios, e o constante recurso a evidência atualizada e orientações clínicas para assegurar a segurança da mãe e do bebé.
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