Piolhos
- EmergenciasUNO
- 16 de jun.
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MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
Os piolhos (Pediculus humanus capitis) são ectoparasitas hematófagos que infestam o couro cabeludo humano. Esta infestação, conhecida como pediculose capilar, é uma condição comum, especialmente entre crianças em idade escolar[1][4].
Sintomas
Os sintomas mais frequentes da pediculose capilar incluem:
Prurido intenso no couro cabeludo, particularmente na nuca e atrás das orelhas[1][9]
Sensação de formigueiro ou movimento no cabelo[9]
Irritabilidade e dificuldade para dormir, dado que os piolhos são mais ativos no escuro[8]
Em alguns casos, os pacientes podem ser assintomáticos, sobretudo nas fases iniciais da infestação[8]
Sinais clínicos
Os sinais clínicos observáveis na pediculose capilar incluem:
Presença de piolhos adultos ou ninfas no couro cabeludo[1]
Lêndeas (ovos dos piolhos) firmemente aderidas aos fios de cabelo, especialmente próximo do couro cabeludo[1][9]
Excoriações no couro cabeludo devido ao ato de coçar[7]
Ocasionalmente, adenopatias cervicais posteriores[7]
Em infestações prolongadas, podem surgir máculas cerúleas (manchas azul-acinzentadas) no tronco, virilhas e coxas[7]
Exame físico
A avaliação para deteção de piolhos deve ser meticulosa e incluir:
Inspeção visual detalhada do couro cabeludo, com especial atenção à nuca e atrás das orelhas[8]
Uso de lupa para facilitar a visualização de piolhos e lêndeas[9]
Separação do cabelo em pequenas secções para examinar o couro cabeludo e os fios de cabelo[9]
Pesquisa de sinais de coceira ou infeção secundária no couro cabeludo[9]
Exames diagnósticos
O diagnóstico da pediculose capilar baseia-se sobretudo na identificação visual de piolhos vivos ou lêndeas viáveis. Os exames incluem:
Penteação do cabelo húmido com um pente fino (pente anti-piolhos) para detetar piolhos e ninfas[7]
Exame microscópico das amostras colhidas para confirmar a presença de piolhos ou lêndeas viáveis[6]
Em casos duvidosos, pode utilizar-se uma lâmpada de Wood para facilitar a visualização das lêndeas[7]
Abordagem em contexto de urgência
Embora a pediculose capilar raramente exija atendimento de urgência, a abordagem inicial pode incluir:
Confirmação do diagnóstico mediante identificação de piolhos vivos ou lêndeas viáveis[9]
Educação do paciente e familiares sobre o ciclo de vida do piolho e medidas de prevenção da transmissão[8]
Prescrição de tratamento pediculicida tópico, como permetrina a 1% ou malatião[4][7]
Instruções sobre a aplicação correta do tratamento e necessidade de repetição após 7–10 dias[7]
Recomendações complementares, como lavar roupas e roupa de cama a alta temperatura[9]
Em casos de infeção secundária, avaliação da necessidade de antibióticos tópicos ou sistémicos[9]
Agendamento de reavaliação para verificar a eficácia do tratamento e excluir reinfestações[7]
É importante salientar que a pediculose capilar não é um sinal de má higiene e não transmite doenças. O tratamento adequado é essencial para prevenir a propagação e aliviar os sintomas associados[8].
Citações:
[2] https://www.elsevier.es/es-revista-pediatrics-10-articulo-tratamientolos-piojos-basado-el-13112716
[5] https://www.msdmanuals.com/es-ec/hogar/trastornos-de-la-piel/infecciones-cutáneas-parasitarias/infestación-por-piojos
[7] https://www.msdmanuals.com/es/professional/trastornos-dermatológicos/infecciones-cutáneas-parasitarias/piojos
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