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Perda visual súbita

MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025



A perda visual súbita é um evento clínico que exige atenção médica imediata, pois pode indicar condições graves que ameaçam a visão. Este artigo aborda os sintomas, sinais clínicos, exploração, exames diagnósticos e abordagem em contexto de urgência.


Sintomas


Os sintomas da perda visual súbita podem incluir:


  • Perda total ou parcial da visão num ou ambos os olhos


  • Visão turva ou nebulosa


  • Surgimento de “moscas volantes” ou clarões de luz


  • Sensação de sombra ou cortina a cobrir parte do campo visual[1][2]


Embora frequentemente indolor, a perda visual pode ser acompanhada por dor ocular em alguns casos, sugerindo diferentes etiologias subjacentes[2].


Sinais clínicos


Durante a avaliação, podem observar-se:


  • Defeito pupilar aferente relativo (sinal de Marcus‑Gunn), sugestivo de lesão do nervo ótico ou retina


  • Alterações na acuidade visual, aferidas com optótipos específicos


  • Alterações no fundo de olho, como hemorragias retinianas, edema ou descolamento de retina[3][5]


Estes sinais ajudam a orientar o diagnóstico e a causa subjacente da perda visual.


Exploração


A avaliação inicial deve incluir:


  • Exame da acuidade visual com optótipos


  • Exame oftalmológico completo: motilidade ocular, reflexos pupilares


  • Oftalmoscopia para inspecionar o fundo do olho e identificar alterações retinianas ou do nervo ótico[4][6]


É também indispensável recolher uma história clínica detalhada, identificando fatores de risco como hipertensão, diabetes ou antecedentes familiares de doenças oculares.


Exames diagnósticos


São essenciais para esclarecer a causa e podem incluir:


  • Tomografia computorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) do cérebro, com vista a excluir eventos vasculares (por exemplo, AVC)


  • Ecografia ocular para avaliar o vítreo e retina


  • Análises ao sangue para avaliar fatores sistémicos (coagulação, perfil lipídico)[1][2][5]

A seleção dos exames deve basear-se no contexto clínico e nos achados iniciais.


Maneio de urgência


A intervenção precoce é vital e inclui:


  • Encaminhamento imediato para oftalmologia ou urgência hospitalar


  • Administração de oxigénio e estabilização se se suspeitar de causa vascular


  • Intervenção específica conforme a etiologia: cirurgia urgente em caso de descolamento de retina, ou terapêutica apropriada em condições inflamatórias[3][4]


A rapidez no diagnóstico e tratamento pode determinar o potencial de recuperação visual. A perda visual súbita é, sem dúvida, uma emergência médica que requer avaliação e intervenção imediata para minimizar sequelas.


Citações


 
 
 

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