Paroníquia
- EmergenciasUNO

- 16 de jul.
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MANUAL DE EMERGÊNCIAS MENORES
A paroníquia é uma infeção do tecido periungueal que envolve a unha, causada geralmente por bactérias como Staphylococcus aureus ou por fungos em casos crónicos. Pode apresentar-se em forma aguda ou crónica, sendo a forma aguda mais comum, frequentemente associada a traumatismos menores, como roer as unhas, manicures agressivas ou cortes.
A infeção provoca dor, eritema e edema ao redor da unha, podendo evoluir para acumulação de pus nos casos mais graves.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, baseado na observação de dor, edema, eritema e possível presença de pus na zona periungueal. Nos casos crónicos, a pele ao redor da unha pode apresentar espessamento e elevação. Exames microbiológicos podem ser realizados quando se suspeita de infeção fúngica.
Diagnóstico Diferencial
Condição | Diferenças-Chave |
Panarício (felon) | Infeção profunda da polpa digital, com acumulação de pus |
Panarício herpético | Vesículas dolorosas na zona periungueal, sem formação de abcesso purulento |
Celulite | Infeção mais extensa do tecido subcutâneo, não restrita à área ao redor da unha |
Unha encravada (onicocriptose) | Dor e inflamação num dos lados da unha devido à penetração no tecido adjacente |
Abordagem em Urgência
Na paroníquia aguda, o tratamento inicial inclui banhos de imersão em água morna com antisséptico (ex.: povidona-iodada) para reduzir a inflamação
Em caso de acumulação de pus, deve ser realizada incisão e drenagem sob condições estéreis
Para infeções leves, são indicados antibióticos tópicos
Em casos mais graves ou com celulite associada, recomenda-se antibioterapia oral (como cefalexina ou clindamicina)
Na paroníquia crónica, indicam-se antifúngicos tópicos ou sistémicos se confirmada infeção fúngica
Tratamento Definitivo
A paroníquia aguda resolve-se habitualmente com drenagem e antibioterapia adequada. É fundamental eliminar os fatores predisponentes, como o hábito de roer as unhas ou manicures agressivas.
Nos casos crónicos, o tratamento deve centrar-se na eliminação dos agentes irritantes e na utilização de antifúngicos em caso de infeções recorrentes. Em situações graves, com envolvimento da matriz ungueal ou recidivas frequentes, pode ser necessária a excisão parcial ou total da unha.

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