Oxigenoterapia
- EmergenciasUNO
- há 5 dias
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
A oxigenoterapia é um procedimento terapêutico essencial no tratamento da insuficiência respiratória, aguda ou crónica. Consiste no aporte artificial de oxigénio (O₂) no ar inspirado, com o objetivo principal de melhorar a oxigenação tisular[1][3]. Este artigo aborda os principais aspetos da oxigenoterapia, incluindo sintomas, sinais clínicos, avaliação, exames complementares e manejo em emergências.
Sintomas
Os sintomas que podem indicar a necessidade de oxigenoterapia incluem:
Dispneia ou dificuldade respiratória
Taquipneia (respiração acelerada)
Taquicardia
Confusão ou alterações do estado mental
Fadiga ou fraqueza generalizada[7]
Estes sintomas são manifestações de hipoxémia — níveis baixos de oxigénio no sangue arterial — que podem provocar hipoxia tecidular e comprometer o funcionamento dos órgãos[7].
Sinais clínicos
Os sinais associados incluem:
Cianose (coloração azulada da pele e mucosas)
Uso de músculos acessórios na respiração
Aleteio nasal
Diaforese (sudação excessiva)
Alteração do nível de consciência
Asterixis (tremor das mãos)[11]
A ausência destes sinais não exclui a necessidade de oxigenoterapia, pois alguns doentes podem apresentar hipoxémia sem sintomas visíveis.
Avaliação clínica
A exploração deve incluir:
Avaliação do padrão respiratório (frequência, profundidade e ritmo)
Auscultação pulmonar para detetar ruídos anormais
Avaliação hemodinâmica: pressão arterial, frequência cardíaca e perfusão periférica
Avaliação do nível de consciência e estado mental
Observação da coloração da pele e mucosas[11][3]
Exames complementares
Os testes mais relevantes são:
Gasometria arterial: padrão-ouro para medir PaO₂ e PaCO₂. PaO₂ < 60 mmHg indica necessidade de oxigenoterapia[1][7].
Pulsioximetria: medida não invasiva de SpO₂. Valores < 90–92 % sugerem intervenção[6][7].
Radiografia torácica: para identificar causas subjacentes da insuficiência respiratória.
Espirometria: útil no seguimento das doenças respiratórias crónicas.
Manejo em emergência
Os princípios incluem:
Avaliação rápida: estado geral, padrão respiratório, sinais vitais e nível de consciência[11]
Início precoce: administrar oxigénio suplementar imediatamente se houver suspeita de hipoxémia, sem aguardar exames[1]
Seleção do dispositivo: canula nasal, máscara simples, máscara com reservatório, conforme a gravidade[3]
Titulação da FiO₂: manter SpO₂ entre 94–98 % em agudos ou 88–92 % em doentes com risco de hipercapnia[6]
Monitorização contínua: acompanhar SpO₂, frequência respiratória e estado geral[3]
Tratamento da causa subjacente: identificar e tratar simultaneamente a etiologia[11]
Prevenção de complicações: vigiar toxicidade do oxigénio ou retenção de CO₂ em doentes susceptíveis[2]
A oxigenoterapia é uma intervenção fundamental no manejo da insuficiência respiratória. A sua aplicação correcta exige avaliação clínica rigorosa, uso adequado de exames complementares e abordagem terapêutica personalizada. O conhecimento dos seus princípios base é essencial para qualquer profissional de saúde em contexto de emergência.
Citações
[2] https://www.archbronconeumol.org/es-oxigenoterapia-efectos-secundarios-yatrogenia-articulo-S0300289615312497
[4] https://www.asisa.es/preguntas-frecuentes/preguntas/necesito-un-medico/pruebas-y-tratamientos/190-oxigenoterapia
[6] https://www.analesdepediatria.org/es-fundamentos-oxigenoterapia-situaciones-agudas-cronicas-articulo-S1695403309003294
Comments