Lesões na Panturrilha
- EmergenciasUNO

- 22 de jul.
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MANUAL DE EMERGÊNCIAS MENORES
As lesões na panturrilha são comuns em atletas e podem variar desde distensões musculares ligeiras até roturas severas ou ruptura do tendão de Aquiles.
As causas mais frequentes incluem traumatismo direto, sobrecarga funcional ou movimentos bruscos que excedem a capacidade de contração dos músculos gastrocnémio e sóleo, principais músculos da região.
Os sintomas incluem dor localizada, edema e dificuldade em caminhar ou suportar peso na perna afetada.
Diagnóstico
O diagnóstico baseia-se na história clínica, no mecanismo da lesão e no exame físico. Devem ser avaliados a dor, a fraqueza muscular e sinais de rotura, como a presença de uma “depressão” palpável em casos mais graves.
Exames de imagem como a ecografia ou a ressonância magnética (RM) são úteis para determinar a extensão da lesão.
Diagnóstico Diferencial
Condição | Características Principais |
Trombose venosa profunda | Dor na panturrilha com edema, calor e rubor; risco aumentado após imobilização prolongada |
Claudicação intermitente | Dor durante o exercício que alivia com o repouso; origem vascular |
Síndrome compartimental | Dor intensa, edema e diminuição do pulso distal; causada por aumento de pressão muscular |
Rotura do tendão de Aquiles | Dor súbita e intensa, sensação de “estalo” e dificuldade na flexão plantar |
Abordagem em Urgência
A avaliação deve incluir inspeção e palpação cuidadosa para determinar a gravidade da lesão. Aplicar o protocolo RICE (Repouso, Gelo, Compressão e Elevação) nas primeiras 48 horas.
Se houver suspeita de rotura completa do tendão de Aquiles ou de um desgarro muscular severo, deve proceder-se à imobilização do membro e vigilância de sinais de complicações como síndrome compartimental ou trombose venosa profunda.
Tratamento Definitivo
O tratamento depende da gravidade da lesão:
Lesões leves a moderadas: tratadas com fisioterapia, repouso funcional e reforço muscular progressivo.
Roturas musculares graves ou do tendão de Aquiles: geralmente requerem reparação cirúrgica, seguida de reabilitação intensiva para restabelecimento da mobilidade e da força funcional da perna.

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