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Hipopotassémia

MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025



A hipopotassémia, definida como uma concentração sérica de potássio inferior a 3,5 mEq/L, é uma perturbação eletrolítica frequente na prática clínica[3][6]. Esta condição pode resultar de uma perda absoluta de potássio ou de uma redistribuição anómala para o interior das células[1][6].


Sintomas


Os sintomas variam consoante a gravidade:


  • Nível de 3–3,5 mEq/L: geralmente assintomática[3].


  • Moderada (< 3 mEq/L):


    • Fraqueza muscular


    • Fadiga


    • Cãibras musculares[1][3]


  • Grave (< 2,5 mEq/L):


    • Paralisia muscular


    • Insuficiência respiratória


    • Rabdomiólise


    • Íleo paralítico


    • Poliúria e polidipsia[1][3][5]


Sinais clínicos


Podem incluir:


  • Fraqueza muscular generalizada


  • Redução dos reflexos tendinosos profundos


  • Paralisia flácida em casos graves


  • Hipotensão arterial


  • Arritmias cardíacas[1][3][5]


Avaliação


No exame físico, deve-se focar:


  • Neuromuscular:


    • Força muscular


    • Reflexos tendinosos profundos


  • Cardiovascular:


    • Frequência e ritmo cardíaco


    • Pressão arterial


  • Avaliação do estado de hidratação[1][3]


Exames diagnósticos


Principais exames:


  • Medição sérica de potássio[1][3]


  • Eletrocardiograma (ECG):


    • Achatamento ou inversão da onda T


    • Onda U evidente


    • Depressão do segmento ST


    • Intervalo QT prolongado[5]


  • Gasometria venosa para equilíbrio ácido-base[5]


  • Excreção urinária de potássio em 24 h (se a causa não for clara)[3]


  • Medição de magnésio sérico[3]


Manejo de urgência


Depende da gravidade e sintomas:


Leve a moderada, assintomática:


  • Suplementos orais de potássio


  • Dieta rica em potássio[1][3]


Moderada a grave ou sintomática:


  • Infusão intravenosa de potássio


  • Monitorização cardíaca contínua


  • Controlos frequentes de potássio sérico[1][3]


Correção da causa:


  • Suspensão de medicamentos causadores


  • Tratamento de vómitos ou diarreia


  • Correção de distúrbios ácido-base[1][3][6]


Arritmias graves:


  • Reposição agressiva de potássio


  • Considerar magnésio IV[3][5]


Prevenção de complicações:


  • Evitar insulina ou glucose rápidas


  • Monitorização da função renal[3][5]


É vital identificar e tratar a causa subjacente para evitar recorrências e complicações. A abordagem deve ser personalizada conforme a gravidade, etiologia e comorbilidades do paciente[1][3][6].


Citações




 
 
 

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