Hipoglicémia
- EmergenciasUNO
- 12 de jun.
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MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
A hipoglicémia é uma condição médica caracterizada por níveis anormalmente baixos de glicose no sangue, geralmente abaixo de 70 mg/dL[1][2]. Esta condição pode ter várias causas, sendo a mais comum o tratamento da diabetes mellitus com insulina ou hipoglicemiantes orais[3]. No entanto, também pode ocorrer em pessoas sem diabetes devido a outras situações médicas ou fatores externos[4].
Sintomas
Os sintomas surgem geralmente de forma rápida e podem variar em intensidade. Os mais comuns incluem:
Tremores
Sudorese
Ansiedade ou nervosismo
Irritabilidade
Tonturas
Fome
Náuseas
Palpitações ou taquicardia
Dificuldade em concentrar-se
Visão turva[1][2][3]
Em casos mais graves, podem ocorrer:
Confusão
Comportamento alterado
Dificuldade em falar
Convulsões
Perda de consciência[2][3]
Sinais clínicos
Durante um episódio de hipoglicémia, podem observar-se:
Palidez
Sudorese intensa
Tremor fino
Taquicardia
Alteração do nível de consciência
Pupilas dilatadas
Pele fria e húmida[1][3]
Avaliação clínica
O exame físico de um paciente com suspeita de hipoglicémia deve incluir:
Avaliação do nível de consciência
Sinais vitais (frequência cardíaca, pressão arterial, temperatura)
Exame neurológico básico
Avaliação do estado de hidratação
Investigação de sinais de condições subjacentes que possam causar hipoglicémia[5]
Exames complementares
O diagnóstico baseia-se na tríade de Whipple:
Sintomas compatíveis com hipoglicémia
Nível baixo de glicose no sangue
Resolução dos sintomas após administração de glicose[1][5]
Exames a realizar:
Medição de glicemia capilar (glicómetro)
Determinação da glicemia venosa
Análises sanguíneas incluindo insulina, peptídeo C e glucagon
Funções hepática e renal
Medição de hormonas como o cortisol e hormona do crescimento[5][6]
Em casos de hipoglicémia recorrente ou sem causa aparente, podem ser necessárias investigações complementares, como jejum prolongado ou exames de imagem para excluir tumores pancreáticos[5].
Gestão em urgência
O tratamento deve ser rápido e eficaz:
Confirmar glicemia, se possível.
Se paciente consciente e capaz de engolir:
Administrar 15–20 g de hidratos de carbono de rápido efeito (sumo, comprimidos de glicose, rebuçados)[1][3]
Reevaluar a glicemia ao fim de 15 minutos e repetir se necessário.
Se paciente inconsciente ou incapaz de engolir:
Administrar glucagon intramuscular ou subcutâneo (1 mg em adultos, 0,5 mg em crianças)[3][7]
Alternativamente, administrar glucose a 10 % por via intravenosa (2,5 ml/kg)[5].
Após a recuperação, deve fornecer-se uma refeição com hidratos de carbono complexos para prevenir recorrências[3]. Também é essencial investigar a causa subjacente da hipoglicémia e ajustar o tratamento conforme necessário[4].
O reconhecimento precoce e o tratamento adequado da hipoglicémia são cruciais para evitar complicações graves. A educação do paciente e cuidadores sobre sintomas e gestão é fundamental, especialmente em pessoas com diabetes ou com risco de episódios recorrentes[2][3].
Citações
[2]https://www.mayoclinic.org/es/diseases-conditions/diabetic-hypoglycemia/symptoms-causes/syc-20371525
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