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Herpes Simples

MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025



O herpes simples é uma infeção viral comum causada pelo vírus do herpes simples (VHS), presente em dois tipos principais: VHS‑1 e VHS‑2. Esta revisão aborda os aspetos chave da doença, incluindo sintomas, sinais clínicos, exame, testes diagnósticos e gestão em urgências.


Sintomas


Os sintomas do herpes simples podem variar conforme o tipo de vírus e a localização da infeção. Em geral, os pacientes podem experienciar:


  • Sensação de comichão ou dor na zona afetada[1]


  • Sensação de ardor[1]


  • Febre e sintomas gripais, especialmente na primoinfeção[3]


  • Gânglios linfáticos inflamados[3]


  • Mal-estar geral e cansaço[1]


É importante frisar que muitas pessoas infetadas podem ser assintomáticas ou apresentar sintomas leves que passam despercebidos[8].


Sinais Clínicos


Os sinais clínicos mais característicos do herpes simples incluem:


  • Surgimento de vesículas ou bolhas pequenas e dolorosas sobre uma base eritematosa[1][3]


  • Evolução de vesículas para úlceras e depois crostas[3][9]


  • No herpes genital, as lesões surgem geralmente nos genitais, ânus, nádegas ou áreas próximas[3]


  • No herpes oral, as lesões aparecem principalmente nos lábios e ao redor da boca[1]


A primoinfeção genital tende a ser mais grave, com dor que pode durar até 10 dias e lesões a cicatrizarem em 2‑3 semanas[9].


Exame


O exame físico para diagnóstico de herpes simples inclui:


  • Exame externo e interno dos genitais em caso de suspeita de herpes genital[9]


  • Pesquisa de adenopatias, que costumam ser endurecidas, móveis, bilaterais e muito dolorosas[9]


  • Inspeção de outras zonas potencialmente afetadas, como boca e olhos[9]


  • Avaliação da distribuição e características das lesões[7]


Testes Diagnósticos


Embora o diagnóstico de herpes simples seja geralmente clínico, podem ser realizados os seguintes testes para confirmação:


  • Cultura viral: amostra de líquido de vesícula para cultivo e análise do vírus[3][7]


  • PCR: deteta material genético do VHS na amostra, sendo mais sensível que a cultura viral[3][7]


  • Teste de Tzanck: raspagem superficial de vesícula que pode revelar células gigantes multinucleadas, típicas da infeção por VHS[7]


  • Análise ao sangue: deteção de anticorpos específicos contra VHS‑1 e VHS‑2[3]


  • Em casos de suspeita de encefalite herpética, pode realizar-se ressonância magnética e punção lombar com PCR ao líquido cefalorraquidiano[7]


Gestão em Urgências


A gestão do herpes simples em contexto de urgência foca-se principalmente no controlo dos sintomas e prevenção de complicações:


  • Administração de antivirais: fármacos como o aciclovir podem aliviar sintomas e reduzir a duração do surto[1][7]


  • Controlo da dor: analgésicos e anti‑inflamatórios para aliviar a dor e desconforto[3]


  • Hidratação e cuidados da pele: manter as lesões limpas e secas para prevenir infeções secundárias[3]


  • Educação do paciente: informar sobre a natureza recorrente da infeção e medidas para prevenir a transmissão[8]


  • Em casos de herpes neonatal ou encefalite herpética, é necessária hospitalização com tratamento antiviral intravenoso urgente[7]


É fundamental lembrar que, embora o herpes simples não tenha cura, uma gestão adequada pode controlar eficazmente os sintomas e reduzir a frequência dos surtos, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes afetados.


Citações



 
 
 

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