Hemorragia Vaginal na Gravidez
- EmergenciasUNO
- 23 de jun.
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
A hemorragia vaginal durante a gravidez é uma complicação frequente que afeta até 25% das grávidas, sendo mais comum no primeiro trimestre[1][3]. Este sintoma pode refletir diferentes patologias, algumas das quais podem comprometer a viabilidade da gestação ou colocar em risco a saúde materna.
Sintomas
O principal sintoma é a hemorragia vaginal, que pode variar desde spotting ligeiro até hemorragia abundante[1]. Outros sintomas associados incluem:
Dor abdominal ou pélvica, de tipo cólico ou contínua[1][6]
Tonturas ou síncope, especialmente em casos de perda sanguínea significativa[1][6]
Febre e calafrios, em contextos de infeção[6]
Disúria ou dor lombar alta[6]
Sinais Clínicos
Os sinais observáveis em grávidas com hemorragia vaginal incluem:
Presença visível de sangue nos genitais externos[1]
Sinais de choque hipovolémico em casos graves: taquicardia, hipotensão, palidez[1][4]
Dor à palpação abdominal[1]
Alterações no colo do útero, como dilatação, em casos de aborto em curso[1]
Exploração
A avaliação clínica da grávida com hemorragia deve incluir:
Monitorização dos sinais vitais: frequência cardíaca, pressão arterial, temperatura[1][4]
Palpação abdominal para identificação de dor, massas ou sinais de irritação peritoneal[1][6]
Exploração ginecológica:
Inspeção dos genitais externos, vulva e vagina[1][6]
Exame com espéculo para visualização do colo uterino e determinação da origem do sangramento[1][8]
Toque bimanual para avaliação do tamanho uterino e pesquisa de massas anexiais[1][8]
Exames Diagnósticos
Os exames fundamentais incluem:
Teste de gravidez em urina ou sangue[7]
Hemograma completo e estudo da coagulação[1][8]
Ecografia transvaginal: essencial para confirmar a viabilidade e localização da gestação, e para excluir patologias como gravidez ectópica ou mola hidatiforme[1][4][8]
Dosagem de gonadotrofina coriónica humana (hCG) sérica, especialmente útil na suspeita de gravidez ectópica[6]
Colheitas cervicais em caso de suspeita de infeção[8]
Exames complementares, como avaliação da função tiroideia, hepática ou renal, podem ser indicados em casos selecionados[8].
Abordagem em Situações de Emergência
A gestão da hemorragia vaginal na grávida em contexto de urgência deve incluir:
Avaliação rápida da estabilidade hemodinâmica e estabilização, se necessário[1][4]
Determinação da idade gestacional[1]
Exclusão de diagnósticos críticos como gravidez ectópica rota ou aborto séptico[1][6]
Realização de exames urgentes: hemograma, grupo sanguíneo e fator Rh, ecografia pélvica[1][4]
Tratamento conforme etiologia:
Ameaça de aborto: repouso e vigilância[1]
Aborto em curso: conduta expectante, médica (misoprostol) ou cirúrgica (aspiração manual endouterina)[5]
Gravidez ectópica: tratamento médico com metotrexato ou abordagem cirúrgica conforme indicação[5]
Placenta prévia ou descolamento prematuro da placenta: internamento hospitalar e gestão de acordo com a gravidade[4]
Administração de imunoglobulina anti-D em grávidas Rh negativas[1][4].
A hemorragia vaginal na gravidez requer avaliação célere e sistemática para determinação da causa e gravidade. Um tratamento adequado em ambiente de urgência pode ser crucial para preservar a saúde materna e fetal.
Citações
[3] https://www.salud.mapfre.es/salud-familiar/mujer/embarazo/urgencias-en-el-embarazo-10-motivos-por-los-que-acudir-al-hospital/
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