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Hemorragia das veias varicosas

MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025



A hemorragia das veias varicosas, também conhecida como varicorragia, é uma complicação potencialmente grave da doença venosa crónica. Embora relativamente rara, pode ser alarmante e, em casos extremos, colocar em risco a vida do doente[3][5].


Sintomas


Os sintomas que podem preceder ou acompanhar o sangramento das varizes incluem:


  • Sensação de plenitude ou peso nas pernas


  • Dor ou hiperestesia na área afetada


  • Comichão em torno das veias varicosas


  • Cãibras nas coxas e gémeos, especialmente durante a noite[5][7]


É importante salientar que o sangramento pode ocorrer de forma súbita e sem sintomas prévios evidentes[6].


Sinais Clínicos


Os sinais clínicos incluem:


  • Hemorragia visível e potencialmente abundante a partir de uma veia superficial


  • Veias dilatadas e tortuosas visíveis sob a pele


  • Alterações na coloração da pele circundante, que pode apresentar tonalidade avermelhada ou azulada


  • Presença possível de úlceras venosas em fases avançadas[3][5][7]


Exploração


A avaliação física deve incluir:


  • Inspeção visual detalhada de ambas as extremidades inferiores


  • Palpação das áreas afetadas para avaliar a extensão e profundidade das varizes


  • Avaliação dos pulsos periféricos para excluir patologia arterial concomitante


  • Pesquisa de sinais de insuficiência venosa crónica como edema, alterações tróficas da pele ou úlceras[3][5]


Exames Diagnósticos


Embora o diagnóstico da hemorragia das varizes seja habitualmente clínico, podem ser realizados os seguintes exames complementares:


  • Ecografia Doppler: Para avaliar o fluxo sanguíneo e a anatomia venosa


  • Flebografia: Em casos selecionados, para avaliação mais detalhada do sistema venoso


  • Análises de sangue: Para avaliar a coagulação e despistar anemia em casos de sangramento significativo[2][5]


Manejo de Emergência


A abordagem da varicorragia no serviço de urgência deve ser rápida e eficaz:


  • Elevação do membro afetado acima do nível do coração


  • Aplicação de pressão direta sobre o ponto de hemorragia


  • Colocação de penso compressivo


  • Avaliação hemodinâmica e reposição volémica, se necessário


  • Tratamento da anemia, caso esteja presente


  • Considerar escleroterapia ou ligadura cirúrgica nos casos de hemorragia recorrente ou incontrolável[3][6]


É fundamental educar o doente sobre medidas preventivas, como o uso de meias de compressão e a elevação regular das pernas, para reduzir o risco de episódios futuros de hemorragia[5][7].


O reconhecimento precoce dos sintomas e sinais, aliado a uma abordagem diagnóstica e terapêutica adequada, é essencial para garantir um desfecho favorável ao doente.


Citações


 
 
 

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