Hemorragia das veias varicosas
- EmergenciasUNO
- 12 de jun.
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MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
A hemorragia das veias varicosas, também conhecida como varicorragia, é uma complicação potencialmente grave da doença venosa crónica. Embora relativamente rara, pode ser alarmante e, em casos extremos, colocar em risco a vida do doente[3][5].
Sintomas
Os sintomas que podem preceder ou acompanhar o sangramento das varizes incluem:
Sensação de plenitude ou peso nas pernas
Dor ou hiperestesia na área afetada
Comichão em torno das veias varicosas
Cãibras nas coxas e gémeos, especialmente durante a noite[5][7]
É importante salientar que o sangramento pode ocorrer de forma súbita e sem sintomas prévios evidentes[6].
Sinais Clínicos
Os sinais clínicos incluem:
Hemorragia visível e potencialmente abundante a partir de uma veia superficial
Veias dilatadas e tortuosas visíveis sob a pele
Alterações na coloração da pele circundante, que pode apresentar tonalidade avermelhada ou azulada
Presença possível de úlceras venosas em fases avançadas[3][5][7]
Exploração
A avaliação física deve incluir:
Inspeção visual detalhada de ambas as extremidades inferiores
Palpação das áreas afetadas para avaliar a extensão e profundidade das varizes
Avaliação dos pulsos periféricos para excluir patologia arterial concomitante
Pesquisa de sinais de insuficiência venosa crónica como edema, alterações tróficas da pele ou úlceras[3][5]
Exames Diagnósticos
Embora o diagnóstico da hemorragia das varizes seja habitualmente clínico, podem ser realizados os seguintes exames complementares:
Ecografia Doppler: Para avaliar o fluxo sanguíneo e a anatomia venosa
Flebografia: Em casos selecionados, para avaliação mais detalhada do sistema venoso
Análises de sangue: Para avaliar a coagulação e despistar anemia em casos de sangramento significativo[2][5]
Manejo de Emergência
A abordagem da varicorragia no serviço de urgência deve ser rápida e eficaz:
Elevação do membro afetado acima do nível do coração
Aplicação de pressão direta sobre o ponto de hemorragia
Colocação de penso compressivo
Avaliação hemodinâmica e reposição volémica, se necessário
Tratamento da anemia, caso esteja presente
Considerar escleroterapia ou ligadura cirúrgica nos casos de hemorragia recorrente ou incontrolável[3][6]
É fundamental educar o doente sobre medidas preventivas, como o uso de meias de compressão e a elevação regular das pernas, para reduzir o risco de episódios futuros de hemorragia[5][7].
O reconhecimento precoce dos sintomas e sinais, aliado a uma abordagem diagnóstica e terapêutica adequada, é essencial para garantir um desfecho favorável ao doente.
Citações
[4] https://www.elsevier.es/es-revista-anales-cirugia-vascular-280-articulo-revision-sistematica-los-tratamientos-las-S1130254209001070
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