Fraturas dos Dedos do Pé
- EmergenciasUNO

- 23 de jul.
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MANUAL DE EMERGÊNCIAS MENORES
As fraturas dos dedos do pé são lesões frequentes, normalmente causadas por traumatismos diretos, como embater o dedo ou deixar cair objetos pesados. Também podem ocorrer devido a torções ou uso excessivo.
Estas fraturas podem ser simples e não deslocadas, ou mais complexas, com deslocamento dos fragmentos ósseos. Apesar de, geralmente, não serem graves, podem provocar dor intensa, edema e dificuldade temporária para caminhar.
Diagnóstico
O diagnóstico baseia-se na história de trauma, acompanhada de dor aguda, edema, equimoses e, por vezes, deformidade visível no dedo afetado. O exame físico revela dor localizada, limitação da mobilidade do dedo e dificuldade em suportar peso.
Radiografias nas projeções anteroposterior e lateral são essenciais para confirmar a fratura e avaliar a gravidade, incluindo deslocamento ou envolvimento articular.
Diagnóstico Diferencial
Condição | Diferença Principal |
Entorse do dedo | Lesão ligamentar com dor e edema, sem fratura visível na radiografia. |
Contusão do dedo | Dor e equimose sem fratura nem deformidade. |
Luxação do dedo | Deslocamento articular evidente, sem fratura óssea. |
Gota | Dor articular intensa, geralmente com sinais inflamatórios crónicos. |
Abordagem em Urgência
Em contexto de urgência, o tratamento inicial para fraturas simples e não deslocadas inclui a imobilização do dedo afetado através da técnica de “ligadura em amigo” (fixação ao dedo adjacente). Recomenda-se repouso, aplicação de gelo para controlo do edema e analgesia com anti-inflamatórios não esteroides (AINEs).
Nas fraturas mais graves ou com deslocamento, pode ser necessária uma redução fechada e imobilização com tala ou sapato ortopédico rígido. Após a redução, devem ser realizadas radiografias de controlo.
Tratamento Definitivo
A maioria das fraturas dos dedos do pé é tratada de forma conservadora, com imobilização e redução da atividade física durante 4 a 6 semanas, permitindo a consolidação óssea adequada.
Nos casos de fraturas deslocadas, instáveis ou com envolvimento articular, pode ser indicada cirurgia para realinhar os fragmentos ósseos com recurso a parafusos ou placas. A reabilitação pós-fratura pode incluir exercícios de mobilização e reforço para restaurar totalmente a função do pé.

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