Fraturas do Quinto Metacárpico

MANUAL DE EMERGÊNCIAS MENORES

As fraturas do quinto metacárpico, vulgarmente conhecidas como “fraturas do pugilista”, são lesões frequentes que afetam o osso que liga o dedo mínimo ao punho. Estas fraturas ocorrem geralmente após impactos diretos com o punho fechado, como em desportos de contacto ou agressões físicas, afetando sobretudo o colo do metacárpico.

Diagnóstico

O diagnóstico baseia-se na história de trauma, associada a sinais clínicos como dor localizada, edema, equimose e deformidade visível na região afetada. O dedo mínimo pode apresentar angulação volar (desvio em direção à palma da mão). A confirmação é feita por radiografias, que permitem avaliar o grau de desvio e angulação da fratura.

Diagnóstico Diferencial

Condição	Características Principais
Luxação carpometacárpica	Desalinhamento articular entre o carpo e o metacárpico, sem fratura visível nas radiografias
Fratura do quarto metacárpico	Fratura no osso adjacente, com quadro clínico e abordagem semelhantes
Entorse metacarpofalângica	Lesão ligamentar sem fratura, com dor e edema, mas sem deformidade óssea

Abordagem em Urgência

Em contexto de urgência, o tratamento inicial inclui imobilização com tala em posição funcional (ligeira extensão do punho e flexão dos dedos), com o objetivo de aliviar a dor e estabilizar a fratura. Podem ser administrados analgésicos e anti-inflamatórios conforme necessário.

Em casos de angulação ou desvio significativos, pode ser realizada redução fechada sob anestesia local.

Tratamento Definitivo

• Fraturas não desviadas ou com angulação ligeira (<30–40 graus): Tratadas com imobilização através de tala durante 3 a 4 semanas.

  
  

• Fraturas com angulação ou desvio significativos: Se a redução fechada for ineficaz, está indicada a redução aberta com fixação interna (RAFI), utilizando fios ou placas, para restabelecer o alinhamento anatómico.

  
  

A fisioterapia após o período de imobilização é fundamental para restaurar a função do dedo mínimo e prevenir rigidez articular.