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Fratura do Gancho do Hamato

MANUAL DE EMERGÊNCIAS MENORES



A fratura do gancho do hamato é uma lesão do osso hamato, localizado no lado cubital (medial) do carpo. Esta fratura afeta especificamente o “gancho” ou apófise unciforme do hamato e é frequente em desportistas que utilizam raquetes, tacos ou bastões, devido a impactos diretos ou à transmissão repetitiva de forças pela mão. Também pode ocorrer após quedas sobre a mão em extensão.


Diagnóstico


O diagnóstico baseia-se em:


  • Dor localizada na base do lado cubital do punho, especialmente sobre o gancho do hamato.


  • Edema e sensibilidade à palpação da região, agravadas ao segurar objetos ou realizar movimentos de preensão.


  • Redução da força de agarre e possível irritação do nervo cubital, que passa próximo ao gancho do hamato, podendo causar parestesias ou dormência no quarto e quinto dedos.


  • As radiografias convencionais podem não evidenciar claramente a fratura; por isso, podem ser necessárias projeções específicas do carpo (oblíquas ou em semi-supinação) ou tomografia computorizada (TC) para uma avaliação mais precisa.


Diagnóstico Diferencial


Condição

Diferenças Principais

Fratura do piramidal

Dor no lado cubital do punho, sem envolvimento específico do gancho do hamato.

Lesão do nervo cubital

Dor e parestesias no quarto e quinto dedos, sem sinais radiológicos de fratura.

Tendinite cubital

Dor no lado cubital associada à inflamação dos tendões flexores, sem fratura óssea.

Entorse do punho

Dor sem evidência de fratura nas imagens.

Tratamento de Emergência


  • Imobilização imediata do punho com tala ou gesso para evitar movimentos que possam agravar a lesão.


  • Aplicação de gelo e administração de analgésicos para controlo da dor e redução da inflamação.


  • Solicitação de radiografias específicas e, se necessário, TC para confirmação da fratura do gancho do hamato.


  • Suspensão de atividades com movimentos repetitivos do punho ou da mão até diagnóstico definitivo.


Tratamento Definitivo


  • Fraturas não desviadas: Tratamento conservador com imobilização (gesso ou tala) durante 6 a 8 semanas.


  • Fraturas desviadas ou com pseudoartrose: Tratamento cirúrgico, geralmente por excisão do fragmento fraturado ou fixação interna com parafusos.

 
 
 

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