Fratura Diafisária da Fíbula
- EmergenciasUNO

- 22 de jul.
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MANUAL DE EMERGÊNCIAS MENORES
A fratura diafisária da fíbula é uma lesão que afeta a porção média deste osso, o mais delgado e lateral da perna. Embora a fíbula não suporte diretamente o peso corporal como a tíbia, tem um papel importante na estabilização da perna e da articulação do tornozelo.
As fraturas da diáfise fibular podem ser isoladas ou associadas a lesões da tíbia ou do tornozelo, e ocorrem geralmente por traumatismos diretos, movimentos de torção ou quedas.
Diagnóstico
O diagnóstico baseia-se na avaliação clínica e em exames de imagem. Os pacientes apresentam habitualmente dor localizada na face lateral da perna, edema e dificuldade em caminhar ou suportar peso. Em fraturas isoladas da fíbula, a dor pode ser menos intensa em comparação com fraturas da tíbia.
As radiografias da perna são essenciais para confirmar a fratura e avaliar qualquer deslocamento. Em casos complexos ou com suspeita de lesões associadas no tornozelo, pode ser necessário realizar ressonância magnética (RM) ou tomografia computorizada (TC).
Diagnóstico Diferencial
Condição | Diferenciação Principal |
Fratura diafisária da tíbia | Dor intensa com deformidade visível, geralmente com incapacidade de carga |
Entorse do tornozelo | Dor e edema localizados no tornozelo, sem fratura visível na radiografia |
Contusão óssea | Dor localizada após impacto, sem fraturas visíveis nas imagens |
Fratura do maléolo lateral | Dor peri-maleolar visível em radiografia, comum após torções graves |
Lesão do ligamento colateral lateral | Dor e sensação de instabilidade articular, sem fratura nem deformidade óssea |
Abordagem em Urgência
No serviço de urgência, o tratamento inicial das fraturas diafisárias da fíbula inclui a imobilização com tala ou ligadura elástica para limitar o movimento e aliviar a dor. Devem ser administrados analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides (AINEs).
É fundamental avaliar a estabilidade do tornozelo e a integridade neurovascular do membro afetado. Caso haja suspeita de fratura associada da tíbia ou lesão no tornozelo, o paciente deve ser encaminhado para avaliação ortopédica.
Tratamento Definitivo
O tratamento definitivo das fraturas diafisárias da fíbula depende do tipo e estabilidade da fratura:
Fraturas isoladas, estáveis e não deslocadas: tratadas de forma conservadora com imobilização por gesso ou bota ortopédica durante 4 a 6 semanas.
Fraturas instáveis ou associadas a outras lesões: podem requerer intervenção cirúrgica, caso haja comprometimento da estabilidade articular.

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