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Fratura de Barton

MANUAL DE EMERGÊNCIAS MENORES



A fratura de Barton é uma fratura intra-articular do rádio distal, caracterizada pelo desvio da superfície articular juntamente com uma luxação parcial da articulação radiocárpica.

Existem dois tipos:


  • Fratura de Barton dorsal (mais comum, com desvio dorsal do fragmento).


  • Fratura de Barton volar (com desvio em direção à palma da mão).


Esta lesão ocorre geralmente por quedas sobre a mão estendida, com o punho em flexão ou extensão.


Diagnóstico


O diagnóstico baseia-se em:


  • Dor intensa e deformidade visível no punho, acompanhadas de edema importante e limitação funcional.


  • Instabilidade do punho devido à luxação parcial da articulação radiocárpica.


  • Radiografias evidenciam o desvio do fragmento articular do rádio e a luxação associada.Em alguns casos, é necessária uma tomografia computorizada (TC) para avaliação mais detalhada da fratura e planeamento cirúrgico.


Diagnóstico Diferencial


Condição

Diferenças Principais

Fratura de Colles

Desvio dorsal do fragmento distal do rádio, sem luxação da articulação radiocárpica.

Fratura de Smith

Desvio volar do fragmento distal do rádio, sem luxação significativa.

Luxação do punho

Deslocação articular sem fratura associada do rádio distal.

Entorse do punho

Dor sem fratura visível nas radiografias, com estabilidade articular preservada.


Tratamento de Emergência


  • Imobilização imediata do punho com tala ou gesso para prevenir agravamento do desvio.


  • Aplicação de gelo para controlo do edema e administração de analgésicos ou anti-inflamatórios.


  • Radiografias para confirmar o tipo e gravidade da fratura e da luxação.


  • Redução fechada sob anestesia local ou sedação pode ser tentada, mas a instabilidade articular torna muitas fraturas de Barton candidatas a tratamento cirúrgico.


Tratamento Definitivo


O tratamento definitivo é geralmente cirúrgico, dado que a fratura de Barton é considerada instável:


  • Fixação interna com placas e parafusos para estabilizar a fratura e restaurar a anatomia do rádio e da articulação radiocárpica.


  • Durante o procedimento cirúrgico pode ser necessária a redução da luxação da articulação radiocárpica.


  • Após a cirurgia, o punho deve ser temporariamente imobilizado, seguido de um programa de reabilitação com fisioterapia para recuperar a mobilidade e força do punho e da mão.


Complicações possíveis incluem rigidez articular, dor crónica ou artrose pós-traumática se a articulação não for restaurada corretamente.

 
 
 

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