Febre de Marburg
- EmergenciasUNO
- 13 de jun.
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
A febre de Marburg é uma doença viral grave e frequentemente fatal, causada pelo vírus de Marburg, membro da família Filoviridae, que inclui também o vírus do Ébola. Esta doença apresenta um início súbito de sintomas e uma elevada taxa de mortalidade, variando entre 24 % e 88 % conforme o surto.
Sintomas
Os sintomas surgem geralmente entre dois e 21 dias após a infeção. Os primeiros sinais incluem:
Febre elevada e súbita
Cefaleia intensa
Mal-estar geral
Dores musculares
Náuseas e vómitos
Diarreia aquosa
Cólicas abdominais
Erupções cutâneas
Hemorragias (em fases avançadas), podendo incluir sangue nos vómitos e fezes, bem como epistaxes e hemorragias genitais .
Sinais Clínicos
Durante o exame físico, podem observar-se:
Febre elevada
Conjuntivite injetada
Erupção cutânea (geralmente entre 2 e 7 dias após início)
Sangramento nas gengivas, nariz ou noutras partes do corpo
Alterações neurológicas como confusão ou irritabilidade.
Exploração
A avaliação inicial de um paciente com suspeita de febre de Marburg deve incluir:
História clínica detalhada, com foco em viagens a áreas endémicas ou contacto com pessoas infetadas
Exame físico completo para identificar sinais de febre hemorrágica viral e excluir outras infecções.
Pruebas Diagnósticas
O diagnóstico pode ser difícil, dadas as semelhanças com outras doenças tropicais. As provas incluem:
PCR: método mais fiável, detectando o vírus nos primeiros dias da doença
ELISA: para deteção de anticorpos IgM e IgG, útil em fases mais tardias.
Estas análises devem ser realizadas em laboratórios com elevados níveis de biossegurança devido ao risco biológico das amostras.
Manejo de Emergências
A abordagem inicial deve incluir:
Isolamento imediato do paciente para evitar transmissão
Suporte: reidratação IV ou oral, tratamento sintomático e gestão de infeções secundárias
Uso rigoroso de equipamento de proteção individual pelo pessoal de saúde.
É fundamental implementar medidas comunitárias para impedir novos contágios, incluindo rastreio de contactos e educação sobre práticas seguras em cuidados e funeral dos falecidos.
A febre de Marburg representa um desafio significativo para a saúde pública devido à sua elevada letalidade e potencial epidémico. A vigilância ativa e a gestão adequada são essenciais para conter a sua propagação.
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