Esquizofrenia
- EmergenciasUNO
- há 6 dias
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
A esquizofrenia é uma perturbação mental grave que afeta as funções cerebrais, incluindo o pensamento, a perceção, as emoções e o comportamento[5]. Este artigo académico aborda os aspetos-chave da esquizofrenia, incluindo sintomas, sinais clínicos, exame, exames complementares e abordagem em situação de emergência.
Sintomas
Os sintomas da esquizofrenia podem ser classificados em positivos e negativos. Os sintomas positivos incluem:
Delírios: crenças falsas das quais o paciente está convencido[5]
Alucinações: perceções sensoriais na ausência de estímulos externos, sendo as auditivas as mais comuns[5]
Pensamento e linguagem desorganizados: discurso incoerente ou difícil de seguir[3]
Comportamento desorganizado ou catatónico: desde agitação até imobilidade[3]
Os sintomas negativos, por outro lado, referem-se à diminuição ou perda de funções normais:
Aplanamento afetivo: redução na expressão emocional[3]
Alogia: diminuição do discurso[3]
Abulia: falta de motivação ou iniciativa[3]
Anedonia: incapacidade de sentir prazer[3]
Sinais clínicos
Os sinais clínicos observáveis em pacientes com esquizofrenia incluem:
Isolamento social e dificuldade em manter relações interpessoais[7]
Deterioração no desempenho laboral ou académico[3]
Negligência da higiene pessoal e do autocuidado[3]
Comportamento estranho ou inadequado em situações sociais[3]
Alterações nos padrões de sono[7]
Exame clínico
A avaliação de um paciente com suspeita de esquizofrenia implica:
Avaliação do estado mental: observação da aparência, comportamento, humor e conteúdo do pensamento[1]
Entrevista clínica detalhada: recolha de informação sobre a evolução dos sintomas, antecedentes pessoais e familiares[1]
Avaliação do funcionamento social e ocupacional[1]
Exame físico para excluir outras condições médicas[1]
Exames complementares de diagnóstico
Não existem exames laboratoriais específicos para diagnosticar esquizofrenia. No entanto, realizam-se os seguintes exames para excluir outras condições:
Análises sanguíneas: para excluir alterações metabólicas ou consumo de substâncias[1][3]
Estudos de neuroimagem: ressonância magnética (RM) ou tomografia computorizada (TC) para excluir lesões cerebrais[1][3]
Eletroencefalograma (EEG): para avaliar a atividade elétrica cerebral[8]
Avaliações neuropsicológicas: para medir o funcionamento cognitivo[6]
O diagnóstico baseia-se principalmente nos critérios clínicos definidos nos manuais diagnósticos como o DSM-5 ou a CID-11[3].
Abordagem em Emergência
A intervenção em contexto de emergência pode ser necessária em casos de agudização dos sintomas ou risco de autoagressão ou agressividade. As intervenções incluem:
Avaliação rápida do estado mental e dos riscos potenciais[7]
Criação de um ambiente seguro e calmo[7]
Administração de medicação antipsicótica, geralmente por via parenteral[7]
Contenção física se estritamente necessário, segundo protocolos estabelecidos[7]
Internamento hospitalar para estabilização e ajuste terapêutico[7]
É fundamental abordar qualquer condição médica concomitante e garantir a segurança do paciente e da equipa de saúde[7].
A esquizofrenia é uma perturbação complexa que exige uma abordagem multidisciplinar para o seu diagnóstico e tratamento.
O reconhecimento precoce dos sintomas e sinais, juntamente com uma avaliação exaustiva e intervenção adequada, são essenciais para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes afetados por esta doença.
Citações
[1] https://www.mayoclinic.org/es/diseases-conditions/schizophrenia/diagnosis-treatment/drc-20354449
Comentários