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Esquizofrenia

MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025



A esquizofrenia é uma perturbação mental grave que afeta as funções cerebrais, incluindo o pensamento, a perceção, as emoções e o comportamento[5]. Este artigo académico aborda os aspetos-chave da esquizofrenia, incluindo sintomas, sinais clínicos, exame, exames complementares e abordagem em situação de emergência.


Sintomas


Os sintomas da esquizofrenia podem ser classificados em positivos e negativos. Os sintomas positivos incluem:


  • Delírios: crenças falsas das quais o paciente está convencido[5]


  • Alucinações: perceções sensoriais na ausência de estímulos externos, sendo as auditivas as mais comuns[5]


  • Pensamento e linguagem desorganizados: discurso incoerente ou difícil de seguir[3]


  • Comportamento desorganizado ou catatónico: desde agitação até imobilidade[3]


Os sintomas negativos, por outro lado, referem-se à diminuição ou perda de funções normais:


  • Aplanamento afetivo: redução na expressão emocional[3]


  • Alogia: diminuição do discurso[3]


  • Abulia: falta de motivação ou iniciativa[3]


  • Anedonia: incapacidade de sentir prazer[3]


Sinais clínicos


Os sinais clínicos observáveis em pacientes com esquizofrenia incluem:


  • Isolamento social e dificuldade em manter relações interpessoais[7]


  • Deterioração no desempenho laboral ou académico[3]


  • Negligência da higiene pessoal e do autocuidado[3]


  • Comportamento estranho ou inadequado em situações sociais[3]


  • Alterações nos padrões de sono[7]


Exame clínico


A avaliação de um paciente com suspeita de esquizofrenia implica:


  • Avaliação do estado mental: observação da aparência, comportamento, humor e conteúdo do pensamento[1]


  • Entrevista clínica detalhada: recolha de informação sobre a evolução dos sintomas, antecedentes pessoais e familiares[1]


  • Avaliação do funcionamento social e ocupacional[1]


  • Exame físico para excluir outras condições médicas[1]


Exames complementares de diagnóstico


Não existem exames laboratoriais específicos para diagnosticar esquizofrenia. No entanto, realizam-se os seguintes exames para excluir outras condições:


  • Análises sanguíneas: para excluir alterações metabólicas ou consumo de substâncias[1][3]


  • Estudos de neuroimagem: ressonância magnética (RM) ou tomografia computorizada (TC) para excluir lesões cerebrais[1][3]


  • Eletroencefalograma (EEG): para avaliar a atividade elétrica cerebral[8]


  • Avaliações neuropsicológicas: para medir o funcionamento cognitivo[6]


O diagnóstico baseia-se principalmente nos critérios clínicos definidos nos manuais diagnósticos como o DSM-5 ou a CID-11[3].


Abordagem em Emergência


A intervenção em contexto de emergência pode ser necessária em casos de agudização dos sintomas ou risco de autoagressão ou agressividade. As intervenções incluem:


  • Avaliação rápida do estado mental e dos riscos potenciais[7]


  • Criação de um ambiente seguro e calmo[7]


  • Administração de medicação antipsicótica, geralmente por via parenteral[7]


  • Contenção física se estritamente necessário, segundo protocolos estabelecidos[7]


  • Internamento hospitalar para estabilização e ajuste terapêutico[7]


É fundamental abordar qualquer condição médica concomitante e garantir a segurança do paciente e da equipa de saúde[7].


A esquizofrenia é uma perturbação complexa que exige uma abordagem multidisciplinar para o seu diagnóstico e tratamento.


O reconhecimento precoce dos sintomas e sinais, juntamente com uma avaliação exaustiva e intervenção adequada, são essenciais para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes afetados por esta doença.


Citações


 
 
 

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