Epistaxe
- EmergenciasUNO
- 2 de jul.
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MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
A epistaxe, vulgarmente conhecida como hemorragia nasal, é um sinal clínico frequente que pode afetar tanto crianças como adultos. Define-se como a perda de sangue proveniente dos vasos das fossas nasais[1]. Embora geralmente seja um processo benigno e autolimitado, por vezes pode ser grave e requerer atenção médica urgente.
Sintomas
Os principais sintomas da epistaxe incluem:
Sangramento por uma ou ambas as narinas[2]
Sensação de líquido a escorrer pela garganta
Náuseas ou vómitos com sangue (devido à deglutição do mesmo)[5]
Fraqueza, tonturas ou desmaios em casos de sangramento abundante[9]
Sinais clínicos
Durante a avaliação clínica, podem ser observados os seguintes sinais:
Sangue ativo a sair pelas fossas nasais
Coágulos nas fossas nasais ou faringe
Palidez cutâneo-mucosa em casos graves[5]
Taquicardia e hipotensão se houver perda significativa de sangue[5]
Avaliação
A avaliação do paciente com epistaxe deve incluir:
Rinoscopia anterior com espéculo nasal e boa iluminação[1]
Avaliação da área de Kiesselbach (zona anterior do septo nasal)[3]
Exame da orofaringe para detetar sangramento posterior[5]
Endoscopia nasal nos casos de sangramento não visível na rinoscopia anterior[5]
Exames diagnósticos
Embora o diagnóstico de epistaxe seja principalmente clínico, em certos casos podem ser necessários os seguintes exames:
Hemograma completo e provas de coagulação (em casos de sangramento grave ou recorrente)[5]
Tomografia Computorizada se houver suspeita de tumor, corpo estranho ou sinusite[5]
Arteriografia em casos de epistaxe posterior grave ou suspeita de malformações vasculares[1]
Manejo em Emergências
A abordagem inicial da epistaxe no serviço de urgência inclui:
Avaliação do estado hemodinâmico do paciente[5]
Compressão digital das asas nasais durante 10-15 minutos[9]
Colocação do paciente em posição sentada com ligeira inclinação para a frente[7]
Aplicação de compressas frias sobre o dorso nasal e pescoço[7]
Se o sangramento persistir, tamponamento anterior com materiais hemostáticos ou vasoconstritores[10]
Nos casos de epistaxe posterior ou sangramento incontrolável, considerar tamponamento posterior ou encaminhamento para otorrinolaringologia[10]
É importante destacar que a maioria dos episódios de epistaxe é autolimitada e pode ser gerida com medidas simples. Contudo, em casos de sangramento persistente, recorrente ou associado a sinais de alarme, deve ser realizada uma avaliação mais aprofundada e consideradas causas subjacentes como hipertensão arterial, distúrbios da coagulação ou tumores nasais[3][10].
A gestão adequada da epistaxe no serviço de urgência requer uma abordagem sistemática, desde a avaliação inicial até ao tratamento definitivo, tendo em conta a possibilidade de complicações graves em determinados grupos de pacientes.
Citações
[5] https://www.msdmanuals.com/es/professional/trastornos-otorrinolaringológicos/abordaje-del-paciente-con-síntomas-nasales-y-faríngeos/epistaxis
[9] https://www.msdmanuals.com/es-ec/hogar/trastornos-otorrinolaringológicos/síntomas-de-las-enfermedades-de-la-nariz-y-la-garganta/hemorragia-nasal
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