Episclerite
- EmergenciasUNO
- 23 de jun.
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
A episclerite é uma condição inflamatória que afecta a epiesclera — uma camada de tecido conjuntivo vascularizado entre a esclera e a conjuntiva do olho. É habitualmente benigna e autolimitada, ocorrendo com maior frequência em mulheres jovens e de meia‑idade[1][2].
Sintomas
Os sintomas típicos incluem:
Olho vermelho localizado
Irritação ocular ligeira
Sensibilidade ao toque
Aumento do lacrimejamento
Fotossensibilidade moderada[1][2]
Importa salientar que, ao contrário da esclerite, a episclerite não provoca dor intensa nem alterações visuais significativas[3].
Sinais Clínicos
A apresentação clínica pode incluir:
Hiperemia localizada numa área do globo ocular
Edema da epiesclera
Congestão de vasos epiesclerais superficiais e profundos[1][4]
Segundo a aparência, a episclerite pode ser:
Difusa ou simples: congestão generalizada sem elevação
Nodular: presença de um nódulo elevado, hiperémico e edematoso[3][4]
Exame Oftalmológico
O exame clínico obrigatoriamente inclui:
História clínica detalhada
Avaliação da acuidade visual
Observação com lâmpada de fenda
Teste de descoloração com fenilefrina tópica (para distinguir episclerite de esclerite)[1][3]
É fundamental excluir sinais de esclerite, como dor intensa, fotofobia intensa ou alterações no fundo ocular[3].
Exames Complementares
Na maioria dos casos, o diagnóstico é clínico e não exige exames adicionais. Porém, em episódios recorrentes ou quando se suspeita doença sistémica, pode considerar‑se:
Análises sanguíneas para descartar doenças autoimunes
Avaliação da função tiroideia
Exames para avaliar doenças do tecido conjuntivo[2][4]
Estes exames não são de rotina, mas sim reservados a casos específicos.
Maneio em Situação de Emergência
Embora raramente seja uma emergência, o tratamento inicial pode abranger:
Lubrificantes oculares frios para alívio sintomático[4]
Vasoconstritores tópicos (ex.: tetrahidrozolina), limitando o uso devido ao risco de efeito rebote[2]
Anti‑inflamatórios não esteroides (AINEs) orais para reduzir inflamação e desconforto[2][4]
Corticosteroides tópicos (por exemplo, prednisolona 1%) em casos mais graves, a prescrição por oftalmologia é aconselhada[2][3]
É essencial educar o paciente sobre o carácter autolimitado da condição e alertar para o uso comedidos de colírios com supervisão médica.
Conclusão
A episclerite é geralmente benigna e resolve‑se com abordagem conservadora. No entanto, é crucial distinguir da esclerite e assegurar acompanhamento adequado. O encaminhamento oportuno para oftalmologia é recomendado em casos persistentes ou recorrentes.
Citações
[2] https://www.msdmanuals.com/es/hogar/trastornos-oftálmicos/trastornos-de-la-conjuntiva-y-la-esclerótica/epiescleritis
[3] https://www.msdmanuals.com/es-ec/professional/trastornos-oftálmicos/trastornos-conjuntivales-y-esclerales/epiescleritis
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