Epilepsia
- EmergenciasUNO
- 19 de jun.
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MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
Definição:
A epilepsia é uma patologia neurológica crónica caracterizada pela ocorrência recorrente de crises convulsivas.
Estas crises resultam de descargas elétricas anómalas no cérebro, podendo originar manifestações clínicas que variam desde movimentos involuntários até alterações do estado de consciência.
Causas:
Idiopática: Em muitos casos, não se identifica uma causa subjacente, sendo classificada como idiopática. Pode existir predisposição genética.
Lesões Cerebrais: Traumatismos cranioencefálicos, tumores, malformações congénitas e acidentes vasculares cerebrais podem predispor ao desenvolvimento de epilepsia.
Infeções do Sistema Nervoso Central: Encefalite, meningite e outras infeções podem desencadear crises epiléticas.
Distúrbios Metabólicos: Desequilíbrios como hipoglicemia ou hiponatremia podem induzir convulsões.
Abordagem no Serviço de Urgência:
Estabilização do Doente: Durante uma crise aguda, a prioridade é garantir a segurança do doente. Deve ser colocado em posição lateral de segurança para prevenir aspiração e minimizar o risco de lesões.
Avaliação Rápida: Realizar uma avaliação rápida após a crise, incluindo verificação da via aérea, respiração e circulação. A Escala de Coma de Glasgow pode ser útil para avaliar o nível de consciência.
Exames Diagnósticos: TC ou RM cerebral podem identificar lesões estruturais que justifiquem a crise.
Controlo das Convulsões: Em casos de crises prolongadas ou em série, a administração de benzodiazepinas, como diazepam ou lorazepam, é essencial para interromper a atividade convulsiva.
Investigação da Causa Subjacente: Sempre que possível, deve-se identificar e tratar a etiologia da epilepsia. A consulta com neurologia é recomendada para avaliação e seguimento especializado.
Controlo da Dor: No período pós-ictal, é frequente o doente referir cefaleia ou mialgias. O controlo da dor é parte integrante dos cuidados.
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