Embolia Pulmonar
- EmergenciasUNO
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MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
A embolia pulmonar (EP) é uma condição potencialmente fatal caracterizada pela obstrução de uma ou mais artérias pulmonares, geralmente por um trombo originado nas veias profundas dos membros inferiores[1][5]. Esta patologia constitui uma urgência cardiovascular e é uma causa relevante de morbimortalidade[2].
Sintomas
Os sintomas da EP são variáveis e muitas vezes inespecíficos, dificultando o diagnóstico[3][6]. Os mais comuns incluem:
Dispneia (80 %)
Dor torácica pleurítica (45 %)
Tosse (31 %)
Hemoptise (12 %)
Síncope (12 %)
Ortopneia (36 %)
A dispneia pode ser súbita e severa em EP massiva, ou leve e transitória em EP submássiva ou periférica[7]. A dor torácica pode ser pleurítica nos êmbolos distais ou semelhante à angina na EP central[7].
Sinais clínicos
Os sinais mais frequentes incluem[7]:
Taquipneia (62 %)
Taquicardia (45 %)
Sinais de trombose venosa profunda (31 %)
Redução do murmúrio vesicular (21 %)
Sibilância (18 %)
Ingurgitação jugular (13 %)
Cianose (6 %)
Exame clínico
A avaliação física deve ser completa, com atenção a sinais de sobrecarga do ventrículo direito e hipertensão pulmonar[5], incluindo:
Frequência respiratória e cardíaca
Pressão arterial
Saturação de oxigénio
Auscultação cardiopulmonar
Exame das extremidades inferiores para sinais de trombose venosa profunda
Exames complementares
O diagnóstico de EP exige uma abordagem multimodal[4]:
Análises sanguíneas: Dímero D, gasometria arterial e provas de coagulação[9].
Angio-TC: exame de escolha para confirmação diagnóstica[5].
Gamagrafia ventilação/perfusão: alternativa quando a angio-TC está contraindicada[5].
Ecocardiograma: avalia função do ventrículo direito[5].
Electrocardiograma: pode mostrar sinais de sobrecarga do ventrículo direito, como inversão de onda T em V₁–V₄, padrão QR em V₁, ou padrão S₁Q₃T₃[7].
Radiografia de tórax: embora inespecífica, pode excluir outras patologias[7].
Manejo em Emergência
O tratamento inicial da EP em urgências deve focar na estabilização hemodinâmica e respiratória[5]:
Suporte hemodinâmico: fluidos intravenosos e vasopressores em caso de choque.
Oxigenoterapia: manter saturação > 90 %.
Anticoagulação imediata, salvo contraindicações — heparina de baixo peso molecular ou não fracionada são as opções iniciais[5].
Trombolise sistémica ou guiada por cateter: em EP massiva com instabilidade hemodinâmica[5].
Embolectomia: considerável em casos selecionados se a trombólise estiver contraindicada ou falhar[5].
Filtro de veia cava inferior: indicado em pacientes com contraindicação à anticoagulação ou EP recorrente apesar de tratamento adequado[5].
A embolia pulmonar continua a representar um desafio diagnóstico e terapêutico. A elevada suspeita clínica, aliada a um protocolo diagnóstico sistemático e intervenção atempada, são decisivos para melhorar os resultados clínicos.
Citações
[5] https://www.msdmanuals.com/es/professional/trastornos-pulmonares/embolia-pulmonar/embolia-pulmonar?ruleredirectid=755
[6] https://www.msdmanuals.com/es/hogar/trastornos-del-pulmón-y-las-vías-respiratorias/embolia-pulmonar/embolia-pulmonar-ep
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