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Diagnóstico por Imagem na Gravidez

MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025



Durante a gravidez, variados sintomas — como dor abdominal, hemorragia vaginal, cefaleias intensas, alterações visuais, edema facial ou de extremidades, diminuição ou alterações nos movimentos fetais — podem requerer avaliação por imagem[3].


Sinais clínicos e indicação


Investigue com atenção sinais como alterações significativas da pressão arterial, peso excessivo ou insuficiente, edema, mudanças no tamanho uterino e variações na frequência cardíaca fetal[1][3].


A avaliação clínica inclui:


  • Medição de peso, altura, IMC, tensão arterial e temperatura.


  • Exame pélvico bimanual e especuloscopia quando indicado[3].


  • Palpação uterina (manobras de Leopold) e auscultação da frequência cardíaca fetal.


Técnicas de imagem


  1. Ecografia obstétrica – técnica de eleição, segura e sem radiação. Realizam-se três ecografias principais:


    • 11–13 semanas: datação gestacional e translucência nucal[9][5]


    • 18–22 semanas: ecografia morfológica[9][6]


    • 32–36 semanas: avaliação de crescimento, posição fetal e volume de líquido amniótico[9][6]


  2. Ressonância magnética (RM) – segura em todas as fases da gravidez pois não usa ionizantes, sendo útil para avaliar malformações fetais complexas[10]. Evita‑se contraste, especialmente nos 3 primeiros meses[0search0][0search22].


  3. Radiografia – evitada rotineiramente, mas não contraindicada se houver indicação clara; utiliza‑se proteção abdominal e doses baixas[0search0][0search22].


  4. Tomografia computorizada (TC) – indicada em emergências quando os benefícios superam os riscos. Avaliar protocolo com baixa dose e proteção fetal[0search0][0search1][0search4].


Seguem-se sempre os princípios ALARA (As Low As Reasonably Achievable) para minimizar a exposição à radiação[0search1][0search9].


Abordagem em emergências


  • Dor abdominal aguda: ecografia é a primeira escolha; se inconclusiva e indicado, realizar TC com protocolo de baixa dose[4].


  • Suspeita de tromboembolismo pulmonar: considerar TC torácica adaptada ou cintigrafia ventilação-perfusão.


  • Trauma materno: usar ecografia FAST; se grave, considerar TC abdominal/pélvica com baixas doses[4].


  • Hemorragia intracraniana: preferir RM sem contraste; TC craniana apenas em situações urgentes[4].


Em situações emergenciais, o benefício de um diagnóstico preciso geralmente supera os riscos teóricos da radiação, desde que se utilizem parâmetros reduzidos e proteção adequada[0search0][0search1][0search9].


O diagnóstico por imagem na gravidez é essencial para monitorizar o desenvolvimento fetal e identificar complicações precocemente. A escolha da técnica deve considerar a indicação, idade gestacional e equilíbrio entre benefício clínico e risco teórico, priorizando ecografia e RM, com outras modalidades apenas em situações justificadas e usando as menores doses possíveis.


Citações


 
 
 

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