Diagnóstico por Imagem na Gravidez
- EmergenciasUNO
- 20 de jun.
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
Durante a gravidez, variados sintomas — como dor abdominal, hemorragia vaginal, cefaleias intensas, alterações visuais, edema facial ou de extremidades, diminuição ou alterações nos movimentos fetais — podem requerer avaliação por imagem[3].
Sinais clínicos e indicação
Investigue com atenção sinais como alterações significativas da pressão arterial, peso excessivo ou insuficiente, edema, mudanças no tamanho uterino e variações na frequência cardíaca fetal[1][3].
A avaliação clínica inclui:
Medição de peso, altura, IMC, tensão arterial e temperatura.
Exame pélvico bimanual e especuloscopia quando indicado[3].
Palpação uterina (manobras de Leopold) e auscultação da frequência cardíaca fetal.
Técnicas de imagem
Ecografia obstétrica – técnica de eleição, segura e sem radiação. Realizam-se três ecografias principais:
11–13 semanas: datação gestacional e translucência nucal[9][5]
18–22 semanas: ecografia morfológica[9][6]
32–36 semanas: avaliação de crescimento, posição fetal e volume de líquido amniótico[9][6]
Ressonância magnética (RM) – segura em todas as fases da gravidez pois não usa ionizantes, sendo útil para avaliar malformações fetais complexas[10]. Evita‑se contraste, especialmente nos 3 primeiros meses[0search0][0search22].
Radiografia – evitada rotineiramente, mas não contraindicada se houver indicação clara; utiliza‑se proteção abdominal e doses baixas[0search0][0search22].
Tomografia computorizada (TC) – indicada em emergências quando os benefícios superam os riscos. Avaliar protocolo com baixa dose e proteção fetal[0search0][0search1][0search4].
Seguem-se sempre os princípios ALARA (As Low As Reasonably Achievable) para minimizar a exposição à radiação[0search1][0search9].
Abordagem em emergências
Dor abdominal aguda: ecografia é a primeira escolha; se inconclusiva e indicado, realizar TC com protocolo de baixa dose[4].
Suspeita de tromboembolismo pulmonar: considerar TC torácica adaptada ou cintigrafia ventilação-perfusão.
Trauma materno: usar ecografia FAST; se grave, considerar TC abdominal/pélvica com baixas doses[4].
Hemorragia intracraniana: preferir RM sem contraste; TC craniana apenas em situações urgentes[4].
Em situações emergenciais, o benefício de um diagnóstico preciso geralmente supera os riscos teóricos da radiação, desde que se utilizem parâmetros reduzidos e proteção adequada[0search0][0search1][0search9].
O diagnóstico por imagem na gravidez é essencial para monitorizar o desenvolvimento fetal e identificar complicações precocemente. A escolha da técnica deve considerar a indicação, idade gestacional e equilíbrio entre benefício clínico e risco teórico, priorizando ecografia e RM, com outras modalidades apenas em situações justificadas e usando as menores doses possíveis.
Citações
[3] https://www.msdmanuals.com/es-ec/professional/ginecología-y-obstetricia/abordaje-de-la-mujer-embarazada-y-atención-prenatal/evaluación-de-la-paciente-obstétrica
[5] https://www.healthychildren.org/Spanish/ages-stages/prenatal/Paginas/tests-during-pregnancy.aspx
[6] https://www.elsevier.es/es-revista-anales-pediatria-continuada-51-articulo-ecografia-obstetricia-S1696281809704500
Comments