Derrame Articular do Cotovelo sem Fratura Visível
- EmergenciasUNO

- 17 de jul.
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MANUAL DE EMERGÊNCIAS MENORES
O derrame articular do cotovelo sem fratura visível refere-se à acumulação de líquido na cavidade articular do cotovelo, geralmente como resultado de uma lesão dos tecidos moles ou de um processo inflamatório. Costuma ser identificado por edema e sensibilidade na região articular, sem evidência de fratura nas radiografias convencionais.
Diagnóstico
O diagnóstico é sobretudo clínico, baseado na presença de dor, edema e limitação da mobilidade articular. A ecografia pode ser útil para confirmar a presença de líquido intra-articular, enquanto as radiografias servem para excluir fraturas — embora estas possam não ser visíveis numa fase inicial. Em determinados casos, recorre-se à ressonância magnética (RM) para avaliar lesões em estruturas como tendões, ligamentos ou cartilagem.
Diagnóstico Diferencial
Condição | Características |
Fratura oculta | Não visível nas radiografias iniciais; pode requerer TC ou RM para confirmação. |
Epicondilite lateral | Dor localizada na face externa do cotovelo; sem derrame articular. |
Artrite séptica | Dor intensa, febre e calor local; requer análise do líquido articular. |
Bursite do olécrano | Inflamação localizada na bursa do olécrano; sem envolvimento articular direto. |
Sinovite | Inflamação da membrana sinovial; geralmente sem história de traumatismo relevante. |
Abordagem de Emergência
O tratamento inicial inclui imobilização do cotovelo para alívio da dor e prevenção de agravamento, administração de analgésicos e anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), bem como aplicação de gelo local para redução da inflamação.
Se houver suspeita de lesão mais grave, poderá ser solicitada uma RM ou TC. Nos casos de derrame articular volumoso, pode realizar-se uma artrocentese (drenagem do líquido articular) com finalidade diagnóstica e terapêutica, sobretudo se houver suspeita de infeção.
Tratamento Definitivo
O tratamento definitivo depende da etiologia subjacente ao derrame. Em casos ligeiros, repouso e fisioterapia são geralmente suficientes. Em situações mais graves, como lesões ligamentares ou tendinosas, poderá ser necessária intervenção cirúrgica.

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