Demência
- EmergenciasUNO
- 19 de jun.
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
A demência é uma síndrome caracterizada pelo declínio progressivo das funções cognitivas, afetando significativamente a capacidade de uma pessoa realizar atividades do quotidiano. Este distúrbio neurológico complexo representa um desafio crescente para os sistemas de saúde a nível global, sendo a doença de Alzheimer a sua causa mais comum[1][3].
Sintomas
Os sintomas da demência são diversos e podem variar consoante a etiologia e o estádio da doença. Entre os mais frequentes encontram-se:
Perda de memória, especialmente de eventos recentes[1][3]
Dificuldade em comunicar e encontrar as palavras adequadas[1]
Desorientação no tempo e no espaço[1][3]
Alterações do humor e da personalidade[1][3]
Dificuldade em realizar tarefas quotidianas e tomar decisões[1][3]
Problemas de concentração e raciocínio[3]
É importante salientar que estes sintomas tendem a surgir de forma gradual e agravar-se com o tempo, interferindo progressivamente na autonomia do indivíduo[8].
Sinais Clínicos
Os sinais clínicos da demência podem ser identificados durante a avaliação médica e a interação com o doente. Incluem:
Alterações no comportamento e nas competências sociais[3][7]
Dificuldades na planificação e resolução de problemas[3]
Comprometimento do juízo e da tomada de decisões[3][7]
Alterações nos padrões de sono[3]
Incontinência urinária e fecal em fases avançadas[3]
Alterações da marcha e do equilíbrio[7]
Exame Clínico
A avaliação de um doente com suspeita de demência deve ser completa e incluir:
Avaliação neurológica abrangente: memória, fala, equilíbrio e reflexos[7]
Avaliação do estado mental e das funções cognitivas[5]
Exame físico geral para excluir outras causas de défice cognitivo[5]
Avaliação da funcionalidade nas atividades da vida diária[5]
Exames Diagnósticos
O diagnóstico de demência baseia-se numa combinação de avaliação clínica e exames complementares:
Testes cognitivos e neuropsicológicos padronizados[5][7]
Análises sanguíneas para excluir causas reversíveis de défice cognitivo[5]
Neuroimagem (RM ou TC cerebral)[5][7]
Punção lombar em casos selecionados, para análise do líquido cefalorraquidiano[5]
Estudos genéticos em casos com suspeita de formas hereditárias[9]
Abordagem em Situações de Emergência
O tratamento de doentes com demência em contextos de urgência exige uma abordagem especializada:
Avaliação rápida do estado mental e físico do doente[3]
Identificação e tratamento de condições médicas agudas que possam agravar os sintomas de demência[3]
Gestão de sintomas comportamentais agudos, como agitação ou agressividade, preferencialmente com medidas não farmacológicas[8]
Quando necessário, uso criterioso de fármacos antipsicóticos, sempre ponderando riscos e benefícios[8]
Coordenação com cuidadores e familiares para recolher informações relevantes e planear os cuidados posteriores[8]
A demência constitui um desafio significativo para os doentes e para os sistemas de saúde. Uma abordagem integrada, com avaliação exaustiva, exames apropriados e resposta eficaz em situações de urgência, é essencial para garantir cuidados de qualidade.
A investigação contínua e o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas são fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos doentes com demência e dos seus cuidadores.
Citações
[2] https://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales-medulares-y-nerviosas/delirio-y-demencia/demencia
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