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Degeneração macular senil

MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025



A degeneração macular senil, também conhecida como degeneração macular relacionada com a idade (DMRI), é a principal causa de perda severa de visão irreversível em pessoas com mais de 60 anos nos países desenvolvidos. Esta doença afeta a mácula, a zona central da retina responsável pela visão detalhada e reconhecimento de rostos.


Sintomas


  • Visão central turva ou distorcida


  • Dificuldade em distinguir detalhes e cores


  • Manchas negras ou escotomas no campo visual central


  • Metamorfopsia (distorção das imagens)


  • Redução do contraste cromático


  • Dificuldade em ler, ver televisão ou reconhecer rostos


Na forma seca, a perda de visão é gradual; na forma húmida, pode ser mais rápida e grave.


Sinais clínicos


  • Presença de drusas (depósitos amarelados) na mácula


  • Alterações pigmentares no epitélio pigmentário da retina


  • Atrofia geográfica em fases avançadas da forma seca


  • Neovascularização coroideia na forma húmida


  • Descolamento do epitélio pigmentário retiniano


  • Cicatrização fibrosa em fases tardias


Exame oftalmológico


  • Observação do fundo do olho por oftalmoscopia direta e indireta


  • Avaliação da acuidade visual central


  • Teste da grelha de Amsler para identificar distorções na visão central


  • Biomicroscopia com lâmpada de fenda


Exames complementares


  • Tomografia de Coerência Óptica (OCT): visualização das camadas retinianas e deteção de líquido sub-retiniano ou intrarretiniano


  • Angiografia com fluoresceína: útil para identificar neovascularização coroideia na forma húmida


  • Angiografia por OCT: permite avaliar os plexos vasculares da retina sem contraste


  • Autofluorescência do fundo de olho: avalia a integridade do epitélio pigmentário e o alcance da atrofia


Abordagem em urgência


Embora a DMRI raramente exija intervenção emergencial, em casos de perda súbita de visão devido à forma húmida, deve-se:


  1. Realizar avaliação oftalmológica urgente


  2. Confirmar o diagnóstico com OCT e angiografia com fluoresceína


  3. Iniciar tratamento com injeções intravítreas de agentes antiangiogénicos no mesmo dia, se possível


Nota importante:


É fundamental informar os pacientes sobre a necessidade de recorrer imediatamente ao oftalmologista se surgirem alterações súbitas na visão, como distorção de imagens ou perda da visão central. A DMRI é uma doença complexa que exige atuação precoce e acompanhamento contínuo. As novas terapias e estratégias de prevenção são cruciais para melhorar o prognóstico.

 
 
 

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