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Cuidados do cordão umbilical

MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025



O cordão umbilical é uma estrutura vital durante o desenvolvimento fetal que sofre alterações significativas após o nascimento. O seu manejo adequado é crucial para prevenir complicações e promover uma cicatrização saudável. Este artigo aborda os aspetos fundamentais dos cuidados com o cordão umbilical em recém-nascidos.


Sintomas


Os sintomas associados a problemas no cordão umbilical podem incluir:


  • Secreção amarelada e com odor fétido do coto umbilical[7]


  • Irritabilidade ou choro excessivo do bebé ao manipular a área umbilical


  • Febre inexplicável no recém-nascido[7]


É importante destacar que a ausência de sintomas não exclui a presença de complicações, pelo que a observação atenta é essencial.


Sinais clínicos


Os sinais clínicos que podem indicar complicações no cordão umbilical incluem:


  • Eritema, edema ou sensibilidade cutânea ao redor do coto[7]


  • Hemorragia ativa do cordão[7]


  • Formação de tecido de granulação (granuloma umbilical)[5]


  • Queda tardia do cordão (após 3-4 semanas)[5][7]


Exame físico


A avaliação do cordão umbilical deve ser sistemática:


  • Inspeção visual do coto e da pele circundante


  • Palpação suave para identificar dor ou massas anormais


  • Avaliação da junção do cordão com a parede abdominal


  • Observação de secreções ou hemorragia


Exames complementares


Em casos de suspeita de infeção ou outras complicações, os seguintes exames podem ser úteis:


  • Cultura de secreções umbilicais[2]


  • Hemocultura, se houver suspeita de sépsis[7]


  • Ecografia abdominal para avaliar anomalias da parede abdominal ou persistência de estruturas embrionárias[1]


Conduta em Emergência


Em situações de emergência, como onfalite ou hemorragia ativa, a intervenção deve ser rápida e eficaz:


  • Avaliação imediata do estado geral do recém-nascido


  • Em caso de hemorragia ativa, aplicar pressão suave com gaze estéril[7]


  • Em caso de suspeita de infeção, iniciar antibioticoterapia empírica de largo espectro[1]


  • Considerar a referenciação urgente a um centro especializado em casos de onfalite grave ou suspeita de fasceíte necrosante[1]


O cuidado adequado do cordão umbilical é essencial para prevenir complicações neonatais. A cura seca, mantendo a área limpa e seca, continua a ser a recomendação padrão em contextos com baixa incidência de infeções[2].


Contudo, em zonas com elevada taxa de onfalite, pode ser indicado o uso de antissépticos como a clorohexidina[2]. A educação dos pais sobre os cuidados com o cordão e sinais de alerta é fundamental para uma gestão eficaz e deteção precoce de complicações.


É essencial que os profissionais de saúde estejam familiarizados com as técnicas de manejo do cordão umbilical e aptos a reconhecer e tratar prontamente quaisquer complicações. A vigilância contínua e a intervenção atempada são fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar do recém-nascido neste período crítico de transição.


Citações



 
 
 

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