Cuidados do cordão umbilical
- EmergenciasUNO

- 22 de jun.
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
O cordão umbilical é uma estrutura vital durante o desenvolvimento fetal que sofre alterações significativas após o nascimento. O seu manejo adequado é crucial para prevenir complicações e promover uma cicatrização saudável. Este artigo aborda os aspetos fundamentais dos cuidados com o cordão umbilical em recém-nascidos.
Sintomas
Os sintomas associados a problemas no cordão umbilical podem incluir:
Secreção amarelada e com odor fétido do coto umbilical[7]
Irritabilidade ou choro excessivo do bebé ao manipular a área umbilical
Febre inexplicável no recém-nascido[7]
É importante destacar que a ausência de sintomas não exclui a presença de complicações, pelo que a observação atenta é essencial.
Sinais clínicos
Os sinais clínicos que podem indicar complicações no cordão umbilical incluem:
Eritema, edema ou sensibilidade cutânea ao redor do coto[7]
Hemorragia ativa do cordão[7]
Formação de tecido de granulação (granuloma umbilical)[5]
Queda tardia do cordão (após 3-4 semanas)[5][7]
Exame físico
A avaliação do cordão umbilical deve ser sistemática:
Inspeção visual do coto e da pele circundante
Palpação suave para identificar dor ou massas anormais
Avaliação da junção do cordão com a parede abdominal
Observação de secreções ou hemorragia
Exames complementares
Em casos de suspeita de infeção ou outras complicações, os seguintes exames podem ser úteis:
Cultura de secreções umbilicais[2]
Hemocultura, se houver suspeita de sépsis[7]
Ecografia abdominal para avaliar anomalias da parede abdominal ou persistência de estruturas embrionárias[1]
Conduta em Emergência
Em situações de emergência, como onfalite ou hemorragia ativa, a intervenção deve ser rápida e eficaz:
Avaliação imediata do estado geral do recém-nascido
Em caso de hemorragia ativa, aplicar pressão suave com gaze estéril[7]
Em caso de suspeita de infeção, iniciar antibioticoterapia empírica de largo espectro[1]
Considerar a referenciação urgente a um centro especializado em casos de onfalite grave ou suspeita de fasceíte necrosante[1]
O cuidado adequado do cordão umbilical é essencial para prevenir complicações neonatais. A cura seca, mantendo a área limpa e seca, continua a ser a recomendação padrão em contextos com baixa incidência de infeções[2].
Contudo, em zonas com elevada taxa de onfalite, pode ser indicado o uso de antissépticos como a clorohexidina[2]. A educação dos pais sobre os cuidados com o cordão e sinais de alerta é fundamental para uma gestão eficaz e deteção precoce de complicações.
É essencial que os profissionais de saúde estejam familiarizados com as técnicas de manejo do cordão umbilical e aptos a reconhecer e tratar prontamente quaisquer complicações. A vigilância contínua e a intervenção atempada são fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar do recém-nascido neste período crítico de transição.
Citações
[2] https://www.analesdepediatria.org/es-recomendaciones-el-cuidado-del-cordon-articulo-S1695403319300700
[3] https://www.msdmanuals.com/es/professional/ginecología-y-obstetricia/complicaciones-intraparto/prolapso-del-cordón-umbilical
[4] https://www.analesdepediatria.org/es-recomendaciones-el-cuidado-atencion-del-articulo-S1695403309004378
[6] https://www.mayoclinic.org/es/healthy-lifestyle/infant-and-toddler-health/in-depth/umbilical-cord/art-20048250

Comentários