Crise Addisoniana
- EmergenciasUNO
- 12 de jun.
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
A crise addisoniana, também conhecida como insuficiência suprarrenal aguda, é uma emergência médica potencialmente fatal que requer diagnóstico e tratamento imediatos. Esta condição ocorre quando as glândulas suprarrenais não conseguem produzir quantidades suficientes de cortisol e, nalguns casos, de aldosterona, em resposta a um stress agudo[1][2].
Sintomas
Os sintomas de uma crise addisoniana podem desenvolver-se rapidamente e incluem:
Fadiga extrema e fraqueza muscular.
Dor abdominal intensa, náuseas e vómitos.
Diarreia severa que pode levar à desidratação
Tonturas e confusão
Febre
Hipoglicemia
Anorexia e perda de peso[1][3][5]
Sinais clínicos
Os sinais clínicos mais comuns de uma crise addisoniana são:
Hipotensão grave, que pode provocar choque.
Taquicardia
Desidratação
Hiperpigmentação da pele (em casos de doença de Addison subjacente)
Diminuição do nível de consciência ou delírio[1][5][7]
Exame físico
Durante o exame físico, o médico pode observar:
Sinais de desidratação (mucosas secas, diminuição da turgência cutânea)
Hipotensão ortostática
Taquicardia
Dor à palpação abdominal
Febre
Hiperpigmentação da pele, especialmente em pregas, cicatrizes e mucosas (nos casos de doença de Addison)[1][5]
Exames diagnósticos
O diagnóstico de uma crise addisoniana baseia-se na apresentação clínica e é confirmado por exames laboratoriais:
Eletrólitos séricos: hiponatremia, hipercaliemia
Glicemia: hipoglicemia
Cortisol sérico: níveis baixos (< 5 mcg/dL)
ACTH plasmático: níveis elevados (≥ 50 pg/mL)
Gasometria arterial: acidose metabólica
Hemograma: pode mostrar anemia, eosinofilia
Teste de estimulação com ACTH: confirma o diagnóstico, mas o tratamento não deve ser adiado em caso de forte suspeita[1][3][7]
Tratamento de emergência
O tratamento da crise addisoniana é uma emergência médica e deve ser iniciado de imediato:
Reposição de fluidos: administração de solução salina isotónica para corrigir a hipovolemia e a hiponatremia.
Administração de glucocorticoides: hidrocortisona intravenosa (100 mg a cada 6-8 horas) é o tratamento de eleição.
Correção da hipoglicemia: administração de glucose intravenosa, se necessário.
Monitorização contínua dos sinais vitais, eletrólitos e glicemia.
Tratamento da causa desencadeante, se identificada (por exemplo, infeção).
Uma vez estabilizado o paciente, deve iniciar-se a terapia de substituição hormonal a longo prazo e educar o paciente sobre o controlo da sua condição[1][2][5].
É fundamental que os profissionais de saúde estejam familiarizados com os sinais e sintomas da crise addisoniana, uma vez que o diagnóstico e o tratamento precoces podem salvar vidas.
Além disso, os pacientes com insuficiência suprarrenal conhecida devem ser educados sobre como ajustar a sua medicação em situações de stress e quando procurar atendimento médico urgente[5][7].
Citações
[4]https://www.niddk.nih.gov/health-information/informacion-de-la-salud/enfermedades-endocrinas/insuficiencia-suprarrenal-enfermedad-addison/sintomas-causas
[7]https://www.msdmanuals.com/es/professional/trastornos-endocrinológicos-y-metabólicos/trastornos-suprarrenales/enfermedad-de-addison
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