Cotovelo da Ama (Subluxação da Cabeça do Rádio)
- EmergenciasUNO

- 17 de jul.
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MANUAL DE EMERGÊNCIAS MENORES
O cotovelo da ama, também conhecido como subluxação da cabeça do rádio, é uma lesão comum em crianças pequenas, especialmente entre os 1 e os 5 anos de idade, que ocorre quando a cabeça do rádio desliza parcialmente fora da sua posição normal na articulação do cotovelo.
Geralmente ocorre após uma tração súbita do braço da criança, como ao levantá-la pela mão ou antebraço. A lesão causa dor imediata, e a criança tende a evitar mover o membro afetado, mantendo o braço em posição semifletida e em pronação (palma voltada para baixo).
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, baseado no histórico típico de tração e na apresentação do quadro: a criança recusa mobilizar o cotovelo, mantendo o braço junto ao corpo. Ao exame físico, observa-se dor à mobilização do cotovelo, sem deformidade nem edema evidentes.
Radiografias não são necessárias quando a história e o exame clínico são típicos, dado que se trata de uma subluxação e não de uma fratura.
Diagnóstico Diferencial
Patologia | Características |
Fratura supracondiliana | Dor intensa, deformidade visível, edema e limitação completa do movimento. |
Fratura da cabeça do rádio | Dor localizada no cotovelo, mais frequente em adultos, com limitação funcional. |
Luxação do cotovelo | Deformidade evidente, perda completa do alinhamento articular. |
Sinovite | Dor e edema sem história de traumatismo agudo. |
Bursite do olécrano | Inflamação na região posterior do cotovelo, sem grande limitação funcional. |
Abordagem de Emergência
O tratamento imediato consiste na redução manual da subluxação, procedimento rápido e geralmente eficaz. Existem duas técnicas comuns:
Técnica de supinação-flexão: Segura-se a mão da criança, realiza-se a supinação do antebraço (palma para cima) enquanto se flete o cotovelo.
Técnica de pronação: Executa-se a pronação do antebraço (palma para baixo) com extensão simultânea do cotovelo.
Em quase todos os casos, a redução é bem-sucedida e a criança retoma imediatamente o movimento completo do braço, com alívio imediato da dor. Não é necessária imobilização nem radiografia de controlo.
Tratamento Definitivo
Após uma redução bem-sucedida, não é necessário tratamento adicional. A criança pode usar o braço normalmente.
É importante aconselhar os pais a evitarem puxar o braço da criança, dado que esta lesão tem tendência a recorrência.
Nos casos de recorrências frequentes, é recomendada a referência para ortopedia pediátrica para avaliação aprofundada.

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