AVC – Acidente Vascular Cerebral
- EmergenciasUNO
- 17 de jun.
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
O acidente vascular cerebral (AVC) é uma síndrome caracterizada pelo aparecimento súbito de um défice neurológico com duração superior a 24 horas, refletindo um comprometimento focal do sistema nervoso central causado por uma perturbação da circulação cerebral[7]. É a terceira principal causa de morte nos Estados Unidos e a patologia neurológica mais frequente e incapacitante[7].
Sintomas
Os sintomas do AVC manifestam-se abruptamente e incluem:
Dormência ou fraqueza súbita, especialmente num dos lados do corpo
Confusão repentina ou dificuldade na fala ou compreensão
Perturbações visuais súbitas num ou ambos os olhos
Dificuldade súbita na marcha, vertigem ou perda de equilíbrio
Cefaleia intensa e súbita, sem causa aparente[1][8]
Importa destacar que estes sintomas podem ser transitórios ou persistentes[3].
Sinais clínicos
Os sinais clínicos mais comuns incluem:
Hemiparesia contralateral
Hemianestesia
Hemianopsia homónima contralateral
Afasia (se o hemisfério dominante estiver afetado)
Apraxia e negligência sensorial (hemisfério não dominante)
Disartria
Ataxia
Alteração do nível de consciência[3]
Exame físico
A avaliação física deve incluir:
Estado de alerta e nível de consciência
Exame da coordenação e equilíbrio
Avaliação da força e sensibilidade na face, membros superiores e inferiores
Avaliação da fala e acuidade visual
Auscultação das artérias carótidas[8]
Pode utilizar-se a escala FAST (Face, Arms, Speech, Time) para avaliação rápida[9].
Meios complementares de diagnóstico
Os exames mais utilizados são:
Neuroimagem: Tomografia Computorizada (TC) ou Ressonância Magnética (RM) cerebral
Angiografia cerebral
Eco-Doppler das carótidas
Ecocardiograma
Eletrocardiograma
Exames laboratoriais: glicemia, perfil lipídico, testes de coagulação[4][8]
Abordagem em contexto de emergência
No AVC isquémico agudo, a abordagem inclui:
Avaliação e estabilização rápidas das funções vitais
Neuroimagem urgente para excluir hemorragia
Administração de trombolíticos (t-PA) nas primeiras 4,5 horas, se indicado
Controlo rigoroso da pressão arterial, glicemia e temperatura corporal
Prevenção de complicações (trombose venosa profunda, pneumonia por aspiração, etc.)
Início precoce da reabilitação[5][9]
No caso de AVC hemorrágico, o tratamento visa o controlo da hemorragia e da pressão intracraniana[8].
É fundamental lembrar que "tempo é cérebro" – cada minuto conta no tratamento do AVC agudo. O reconhecimento precoce dos sintomas e o transporte imediato para um centro especializado são cruciais para melhorar o prognóstico do doente[9].
Citações
[2] https://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales-medulares-y-nerviosas/accidente-cerebrovascular-ictus/accidente-cerebrovascular-isquémico
[3] https://www.msdmanuals.com/es/professional/trastornos-neurológicos/accidente-cerebrovascular/generalidades-sobre-los-accidentes-cerebrovasculares
[5] https://www.elsevier.es/es-revista-prehospital-emergency-care-edicion-espanola-44-articulo-control-accidente-cerebrovascular-agudo-traves-servicio-emergencias-13123392
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