Avaliação de uma paciente em trabalho de parto
- EmergenciasUNO
- 22 de jun.
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
A avaliação adequada de uma paciente em trabalho de parto é essencial para garantir uma abordagem ótima e resultados favoráveis tanto para a mãe como para o recém-nascido. Este artigo aborda os aspetos-chave na avaliação de uma parturiente, incluindo sintomas, sinais clínicos, exame físico, exames complementares e conduta em emergências.
Sintomas
Os sintomas indicativos do início do trabalho de parto incluem:
Contrações uterinas regulares que aumentam em frequência e intensidade[1][3].
Dor abdominal e na região lombar que não desaparece com mudança de posição[3].
Corrimento vaginal com muco (rolhão mucoso), que pode ser claro, rosado ou com vestígios de sangue[3][5].
Rotura das membranas, manifestando-se como jato de líquido ou perda contínua[1][3].
Importa sublinhar que algumas mulheres podem apresentar estes sintomas de forma diferente, e a intensidade pode variar entre indivíduos e gravidezes[1].
Sinais clínicos
Os sinais clínicos que devem ser avaliados pela equipa médica incluem:
Padrão das contrações uterinas (frequência, duração e intensidade)[1][4].
Alterações no colo do útero, incluindo apagamento e dilatação[2][5].
Encaixe do feto na pelve materna[2].
Presença de hemorragia vaginal[1][3].
Sinais vitais maternos (pressão arterial, frequência cardíaca, temperatura)[7].
Exame físico
A avaliação da paciente em trabalho de parto deve incluir:
Exame abdominal para determinar a posição e apresentação fetal através das manobras de Leopold[4].
Toque vaginal para avaliar a dilatação e apagamento cervical, bem como a estação fetal[4][5].
Avaliação da pelve materna para excluir desproporção céfalo-pélvica[6].
Monitorização da frequência cardíaca fetal[4][7].
Exames complementares
Os exames que podem ser necessários incluem:
Monitorização eletrónica fetal para avaliação do bem-estar fetal[4][7].
Ecografia transvaginal para medir o comprimento do colo do útero e confirmar a posição fetal[5].
Análises laboratoriais, incluindo hemograma completo, testes de coagulação e análise de urina[5][7].
Teste de fibronectina fetal em casos de suspeita de parto pré-termo[5].
Conduta em emergências
Em situações de emergência durante o trabalho de parto, é crucial:
Ativar o protocolo de código vermelho obstétrico em casos de hemorragia grave[7].
Assegurar via aérea permeável e administrar oxigénio suplementar se necessário[7].
Colocar duas vias venosas de grande calibre para administração de fluidos e fármacos[7][8].
Iniciar reanimação com cristaloides em casos de choque hipovolémico[7][8].
Administrar sulfato de magnésio em casos de pré-eclâmpsia grave ou eclâmpsia[9].
Preparar-se para um possível parto de emergência ou cesariana, consoante a situação clínica[9].
A avaliação completa de uma parturiente requer uma combinação de competências clínicas, conhecimento atualizado e trabalho em equipa. A identificação precoce de complicações e a intervenção atempada são cruciais para garantir a segurança materno-fetal. É essencial que os profissionais de saúde estejam treinados e prontos para atuar rapidamente em emergências obstétricas.
Citações
[2] https://www.mayoclinic.org/es/healthy-lifestyle/labor-and-delivery/in-depth/signs-of-labor/art-20046184
[4] https://www.msdmanuals.com/es/professional/ginecología-y-obstetricia/trabajo-de-parto-y-parto/manejo-del-trabajo-de-parto-normal
[5] https://www.mayoclinic.org/es/diseases-conditions/preterm-labor/diagnosis-treatment/drc-20376848
[6] https://sintesis.med.uchile.cl/programas-ministeriales/guia-perinatal-2015/14988-24-evaluacion-y-manejo-del-trabajo-de-parto-y-parto
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