Atrofia óptica
- EmergenciasUNO
- 23 de jun.
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
Definição
A atrofia óptica caracteriza-se pela degeneração ou perda de fibras no nervo óptico, responsável por transmitir informação visual da retina ao cérebro. Não é uma doença em si, mas sim uma consequência morfológica e funcional de diferentes processos que afetam a via visual anterior. Pode ter múltiplas causas, incluindo doenças oculares, condições intracranianas ou sistémicas, o que torna o diagnóstico desafiante para os oftalmologistas.
Sintomas
Redução parcial ou total do campo visual.
Visão turva.
Perda de visão de cores.
Perceção de luzes ou flashes ao mover os olhos.Estes sintomas podem surgir de forma súbita ou progressiva, afetando um ou ambos os olhos.
Sinais clínicos
Palidez do disco óptico observada no fundo do olho.
Alterações estruturais no disco óptico.
Modificações nos vasos retinianos e na camada de fibras nervosas.
Em atrofia secundária, pode haver tecido conjuntivo a preencher a escavação fisiológica da lâmina cribosa.
Exploração oftalmológica
Observação do fundo do olho por oftalmoscopia.
Avaliação da acuidade visual e eventual correção.
Teste do campo visual.
Avaliação da visão das cores.
Tonopenia para medir a pressão intraocular.
Avaliação do reflexo pupilar à luz.
Exames complementares
Oftalmoscopia para confirmar atrofia do nervo óptico.
Testes de acuidade e campo visual.
Imagem: ressonância magnética (RM) ou tomografia computorizada (TC) para excluir causas intracranianas (exemplo: tumores).
Testes de visão de cores.
Estudos de fluorescência para correlacionar palidez do disco com redução da fluorescência.
Abordagem em contexto agudo
Embora a atrofia óptica raramente seja uma emergência imediata, exige intervenção atempada quando suspeita:
Avaliação urgente da acuidade visual e campo visual.
Exame do fundo de olho para detetar palidez do disco.
Se houver suspeita de causas tratáveis (como hipertensão intracraniana ou inflamação), iniciar tratamento imediatamente.
Se se suspeita uma lesão compressiva (p.ex., tumor), realizar neuroimagem sem demora.
Em casos de neurite óptica aguda, uso de corticosteroides pode ser necessário.
Gestão e acompanhamento
Tratar a causa subjacente, quando identificável.
Prevenir dano adicional ao nervo óptico.
Fornecer apoio para otimizar a função visual residual.
A atrofia óptica exige abordagem multidisciplinar, com acompanhamento constante para melhorar a qualidade de vida do paciente.
Citações
[4] https://www.ciberer.es/noticias/desarrollan-un-modelo-experimental-para-el-estudio-de-un-tipo-de-atrofia-humana-del-nervio-optico\
[9] https://www.clevelandclinic.org/health/shic/html/s12326.asp[10] https://www.medwave.cl/2001-2011/4571.html
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