Apendicite
- EmergenciasUNO
- 12 de jun.
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MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
Definição
A apendicite, uma entidade clínica de apresentação imprevisível, representa um desafio constante no contexto do Serviço de Urgência. Caracteriza-se por uma inflamação aguda do apêndice vermiforme, uma pequena extensão ligada ao ceco do intestino grosso.
A sua sintomatologia pode apresentar-se de forma variada, desde dor abdominal difusa até à localização típica no quadrante inferior direito, tornando o diagnóstico uma competência essencial no repertório do médico de urgência.
Causas
A origem da apendicite está intimamente relacionada com a obstrução do lúmen apendicular, que pode ser causada por fecalitos, hiperplasia linfoide ou corpos estranhos. Esta obstrução favorece a proliferação bacteriana e a inflamação subsequente. Além disso, fatores genéticos podem predispor determinados indivíduos, conferindo um carácter multifatorial à sua etiopatogenia.
O quadro clínico tende a evoluir rapidamente, passando de uma dor abdominal vaga para uma dor localizada e intensa na região apendicular. Náuseas, vómitos e febre são frequentemente associados, constituindo pistas clínicas importantes para o diagnóstico.
Abordagem no Serviço de Urgência
A abordagem da apendicite no Serviço de Urgência exige discernimento clínico e celeridade na tomada de decisões. A avaliação inicial deve incluir uma anamnese detalhada, exame físico rigoroso e exames complementares apropriados. A realização de hemograma completo, determinação dos níveis de proteína C reativa (PCR) e exames de imagem, como a tomografia computorizada abdominal, são fundamentais para confirmar o diagnóstico e avaliar a gravidade do quadro.
A decisão entre abordagem cirúrgica ou conservadora depende de diversos fatores, incluindo a severidade dos sintomas e os achados imagiológicos. A apendicectomia laparoscópica tornou-se, em muitos casos, o padrão de referência para o tratamento cirúrgico, permitindo uma recuperação mais célere e menor incidência de complicações.
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