top of page

Anticoncepção pós-coital

MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025



A anticoncepção pós-coital, também designada de contracepção de emergência, é um método utilizado para prevenir a gravidez após um ato sexual sem proteção ou quando houve falha de outro método contraceptivo.


Sintomas


Os sintomas mais frequentes associados à utilização da anticoncepção pós-coital incluem náuseas, vómitos, cefaleias, tonturas, fadiga e mastodinia. Podem ainda ocorrer hemorragias intermenstruais ou perturbações no ciclo menstrual, como metrorragia ou atraso menstrual[1][2].


Sinais


Do ponto de vista clínico, não existem sinais patognomónicos que determinem a necessidade de contracepção de emergência além de um historial de relações sem proteção. Todavia, é essencial avaliar a presença de sintomas secundários subsequentes à toma do fármaco, como sangramento vaginal irregular[1][3].


Exame Clínico


Normalmente, não é necessária uma exploração física prévia para a administração da contracepção pós-coital. Não obstante, recomenda‑se uma avaliação clínica básica para excluir contraindicações médicas ou alergias aos componentes do medicamento. Nalguns casos, poderá ser útil realizar um exame pélvico se houver suspeita de complicações adicionais[4].


Testes Diagnósticos


Os testes diagnósticos diretos no contexto da anticoncepção de emergência são limitados. Contudo, se não ocorrer menstruação até três semanas após a utilização do método, deve realizar-se um teste de gravidez para excluir esta hipótese[1]. Adicionalmente, deve considerar-se a realização de testes para infeções sexualmente transmissíveis (IST) se houver suspeita ou risco associado[5].


Gestão em Situação de Emergência


A gestão emergencial da contracepção pós-coital implica uma avaliação célere e administração do medicamento dentro do prazo recomendado para maximizar eficácia. A pílula do dia seguinte deve ser tomada o quanto antes após o coito desprotegido; idealmente nas primeiras 72 horas, embora alguns fármacos, como o acetato de ulipristal, possam ser eficazes até 120 horas após[6][7].


Em situações em que ocorram efeitos secundários graves, como vómitos persistentes nas três horas seguintes à administração, poderá ser necessário administrar uma dose adicional[1]. Além disso, deve ser prestado aconselhamento sobre métodos contraceptivos de rotina para evitar a dependência exclusiva de métodos de emergência[7].


A anticoncepção pós-coital constitui um recurso valioso em situações de urgência para prevenir gravidezes indesejadas. No entanto, o seu uso deve ser complementado com educação sobre métodos contraceptivos regulares e acompanhamento clínico adequado para assegurar eficácia e minimizar riscos potenciais.


Citações


 
 
 

Commentaires


bottom of page