Amputações da Almofada Adiposa do Dedo
- EmergenciasUNO

- 15 de jul.
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS MENORES
Uma amputação da almofada adiposa do dedo refere-se à perda parcial ou total dos tecidos gordos localizados na ponta do dedo — uma zona crítica que protege estruturas ósseas e tendinosas. Este tipo de lesão pode ocorrer devido a traumatismos agudos, como acidentes com ferramentas cortantes ou lesões por esmagamento severo.
Diagnóstico
O diagnóstico é realizado por meio de uma avaliação clínica detalhada, observando a extensão da perda de tecido, o estado dos vasos sanguíneos e nervos, e se há exposição óssea. Pode ser necessário realizar radiografias para excluir fraturas associadas.
Deve ainda ser avaliada a sensibilidade e mobilidade do dedo, a fim de determinar se há comprometimento de outras estruturas, como tendões ou nervos.
Diagnóstico Diferencial
Condição | Características |
Lesão por esmagamento sem amputação | Dano tecidular sem perda total da almofada adiposa |
Ferida perfurante | Não implica amputação, mas pode causar lesão profunda dos tecidos |
Fratura exposta do dedo | Fratura com exposição óssea, sem perda significativa de tecidos moles |
Lesão por abrasão severa | Desgaste superficial da pele, sem amputação completa da almofada |
Abordagem de Urgência
No serviço de urgência, é fundamental o controlo da hemorragia através de pressão direta e elevação do dedo afetado. A ferida deve ser irrigada cuidadosamente com soro fisiológico estéril para prevenir infeções e remover corpos estranhos.
É essencial proteger as estruturas expostas com pensos estéreis e manter a mão imobilizada. Deve ser administrada analgesia adequada e considerar-se a profilaxia antibiótica, bem como verificar e atualizar a vacinação antitetânica.
Tratamento Definitivo
O tratamento definitivo dependerá da extensão da amputação. Em casos ligeiros, pode proceder-se ao fecho primário com suturas. No entanto, em amputações mais severas, pode ser necessária cobertura com enxertos cutâneos ou retalhos locais.
Se houver perda significativa de estruturas, como tendões ou osso, deve considerar-se reconstrução cirúrgica. Nos casos em que o reimplante não seja viável, a reabilitação com fisioterapia é essencial para otimizar a função do dedo.

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