Abcesso Pilonidal
- EmergenciasUNO
- 11 de jun.
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MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
O abcesso pilonidal é uma complicação aguda da doença pilonidal, caracterizada pela formação de uma coleção purulenta na região sacrococcígea. Esta condição afeta principalmente adultos jovens, com maior prevalência em homens[2][4].
Sintomas
Os sintomas mais comuns do abcesso pilonidal incluem:
Dor intensa na região sacrococcígea[2][3]
Inflamação e eritema local[2][4]
Febre[3]
Mal-estar geral
Dificuldade em sentar-se ou caminhar devido à dor[4]
Sinais Clínicos
O exame físico revela:
Tumefação dolorosa na região interglútea[4][11]
Eritema e calor local[2][3]
Flutuação à palpação, indicativa de coleção líquida
Possível drenagem espontânea de pus[3][4]
Por vezes, observam-se orifícios ("pits") na linha média[4]
Exame Clínico
A avaliação do abcesso pilonidal inclui:
Inspeção visual da região sacrococcígea[2][4]
Palpação cuidadosa para avaliar extensão e flutuação do abcesso[11]
Separação das nádegas para visualização de orifícios ou trajetos fistulosos[4]
Avaliação da temperatura local e sinais de celulite circundante
Meios Complementares de Diagnóstico
O diagnóstico do abcesso pilonidal é predominantemente clínico[4][11]. No entanto, em casos selecionados, podem ser realizados:
Ecografia de partes moles: útil para confirmar a presença e extensão da coleção líquida[4]
Análises laboratoriais: hemograma e proteína C reativa para avaliação da resposta inflamatória sistémica
Ressonância magnética: pode ser considerada em casos complexos ou recorrentes para avaliação da anatomia e extensão dos trajetos fistulosos[2]
Abordagem em Urgência
O tratamento urgente do abcesso pilonidal envolve:
Analgesia adequada para controlo da dor[3]
Incisão e drenagem sob anestesia local[1][3]:
Incisão sobre a zona de flutuação
Drenagem do conteúdo purulento
Exploração da cavidade para excluir trajetos fistulosos
Colheita de material para cultura e antibiograma[11]
Antibioterapia empírica com cobertura para anaeróbios e Staphylococcus aureus[3][11]
Opções habituais: ceftriaxona + metronidazol ou ciprofloxacina + metronidazol[11]
Cuidados locais: pensos com gaze e irrigação com soro fisiológico[1][3]
Seguimento ambulatório para monitorização da evolução e planeamento de tratamento definitivo após a fase aguda[4][11]
É importante destacar que o drenagem do abcesso é uma medida temporária, sendo que muitos doentes necessitarão de tratamento cirúrgico definitivo para prevenir recorrências[2][4]. As opções incluem excisão total com encerramento primário, técnicas de marsupialização ou retalhos de avanço, dependendo da extensão e complexidade da doença[4][11][13].
O tratamento adequado do abcesso pilonidal no serviço de urgência é essencial para aliviar os sintomas agudos e prevenir complicações. No entanto, é fundamental informar o doente sobre a natureza recidivante da doença e a possível necessidade de cirurgia definitiva no futuro[2][4][11].
Citações
[6] https://www.elsevier.es/es-revista-cirugia-espanola-36-articulo-enfermedad-pilonidal-tratamiento-por-exeresis-13885
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