Úlceras e Feridas Genitais
- EmergenciasUNO
- 13 de jun.
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
As úlceras e feridas genitais são lesões que surgem nos genitais externos ou internos, causadas principalmente por infeções sexualmente transmissíveis (IST), embora também possam ter outras etiologias. Este artigo aborda os aspetos essenciais desta condição, incluindo sintomas, sinais clínicos, exame físico, exames diagnósticos e abordagem em contexto de emergência.
Sintomas
Os sintomas das úlceras e feridas genitais podem variar consoante a causa subjacente, mas geralmente incluem:
Prurido ou ardor na zona genital [1][2]
Dor durante as relações sexuais [1]
Desconforto ao urinar [1][2]
Sensação de queimadura [3]
Dor pélvica [1]
Febre e mal-estar geral, especialmente em casos de primo-infeção [4]
É importante salientar que algumas pessoas podem não apresentar sintomas evidentes, dificultando o diagnóstico e aumentando o risco de transmissão [2].
Sinais Clínicos
Os sinais clínicos observáveis em pacientes com úlceras e feridas genitais incluem:
Vesículas pequenas e dolorosas na área genital [3][4]
Úlceras abertas que podem ser dolorosas ou indolores [3][5]
Eritema e edema na área afetada [1]
Corrimento vaginal ou uretral anómalo [1][2]
Linfadenopatia inguinal [5]
A aparência das lesões pode variar segundo a etiologia. Por exemplo, as úlceras causadas por herpes são frequentemente múltiplas e dolorosas, enquanto o cancro sifilítico é geralmente único e indolor [5].
Exame Físico
O exame físico é fundamental para o diagnóstico e deve incluir:
Inspeção visual detalhada dos genitais externos e internos [5]
Palpação dos gânglios linfáticos inguinais [5]
Exame com espéculo nas mulheres para avaliar o colo do útero e a vagina [3]
Avaliação de outras áreas potencialmente afetadas como a boca, o ânus e a pele circundante [4]
É crucial realizar uma anamnese completa, incluindo historial sexual e possíveis exposições a IST [5].
Exames Diagnósticos
Para confirmar o diagnóstico e determinar a etiologia específica, podem ser realizados os seguintes exames:
Cultura viral ou PCR da lesão para deteção de Herpes simplex [5][6]
Testes serológicos para sífilis (VDRL, RPR, FTA-ABS) [5]
Testes de amplificação de ácidos nucleicos para Chlamydia trachomatis (linfogranuloma venéreo) [5]
Biópsia em casos de lesões persistentes ou suspeita de malignidade [6]
Testes adicionais para VIH e hepatite B, dada a frequente coinfeção [6]
Abordagem em Situações de Emergência
O manejo inicial nos serviços de emergência deve incluir:
Avaliação rápida e recolha de amostras para exames diagnósticos [5]
Início de tratamento empírico com base na apresentação clínica e nos agentes patogénicos mais prováveis [5]
Gestão da dor e outros sintomas associados [3]
Educação do paciente sobre o risco de transmissão e importância do seguimento [2]
Notificação e tratamento de contactos sexuais, quando apropriado [5]
Em casos suspeitos de herpes genital, pode iniciar-se terapia antiviral. Para sífilis primária, administra-se penicilina benzatina. O tratamento específico será ajustado conforme os resultados dos exames [5].
É essencial uma abordagem integrada que inclua aconselhamento sobre práticas sexuais seguras e acompanhamento adequado para prevenir complicações e reduzir a transmissão de IST [2][5].
Citações
[2] https://www.plannedparenthood.org/es/temas-de-salud/enfermedades-de-transmision-sexual-ets/que-es-el-herpes-genital-y-oral/cuales-son-los-sintomas-del-herpes-genital-y-oral
[4] https://www.msdmanuals.com/es/hogar/infecciones/infecciones-por-el-virus-del-herpes/herpes-genital
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