Ébola
- EmergenciasUNO
- 13 de jun.
- 2 min de leitura
MANUAL DE EMERGÊNCIAS 2025
O vírus do Ébola (VE) é um patógeno altamente letal que causa a doença por vírus Ébola (EVE), uma condição grave responsável por surtos devastadores, sobretudo em África. Desde 1976, o VE tem sido alvo de intensa investigação e preocupação global devido à sua elevada taxa de mortalidade e risco pandémico [1][3].
Sintomas
Os sintomas da EVE geralmente surgem entre 2 e 21 dias após a exposição ao vírus, com média de 8 a 10 dias [2][7]. Os primeiros sintomas incluem:
Febre súbita (39,5 °C – 40 °C)
Fadiga extrema
Dores musculares e articulares
Cefaleia intensa
Dor de garganta
Perda de apetite
À medida que a doença avança, podem surgir sintomas mais graves:
Náuseas e vómitos
Diarreia
Dor abdominal
Erupções cutâneas
Dificuldade em respirar ou engolir
Hemorragias internas e externas [1][2][7]
Sinais Clínicos
A EVE caracteriza-se por sinais clínicos que evoluem rapidamente:
Fase 1: febre súbita, mialgias e astenia [4]
Fase 2: sintomas gastrointestinais dominantes [4]
Fase 3 e 4: manifestações críticas, incluindo falência multiorgânica e coagulopatia [4][6]
Os sinais clínicos importantes incluem:
Febre alta e persistente
Taquicardia
Hipotensão (nas fases avançadas)
Desidratação grave
Icterícia
Petéquias e equimoses
Hemorragias em locais de punção venosa [1][6]
Exame Físico
O exame de um caso suspeito de EVE deve ser feito com extrema precaução e proteção adequada. Os principais achados podem incluir:
Avaliação de sinais vitais (febre, taquicardia, hipotensão)
Inspeção da pele e mucosas em busca de hemorragias ou icterícia
Palpação abdominal para detetar hepatomegalia ou esplenomegalia
Avaliação neurológica para excluir alteração do estado mental [6][8]
Exames Diagnósticos
O diagnóstico definitivo da EVE exige exames laboratoriais específicos:
RT‑PCR: método principal e rápido (24–48 h) para detectar o vírus [4][6]
ELISA: para deteção de antígenos e anticorpos [6]
Seroneutralização: para confirmar anticorpos contra o VE [6]
Cultivo em células: isolamento do vírus em laboratórios de alta segurança [6]
Devem ainda ser realizados hemograma completo, análises de coagulação, função hepática e renal, e eletrólitos séricos para avaliar a gravidade e orientar o tratamento [6][7].
Abordagem em Emergência
A gestão de pacientes com EVE deve seguir um plano multidisciplinar com controlo rigoroso da infeção:
Isolamento imediato em quarto individual com pressão negativa [7]
Uso obrigatório de equipamento de proteção individual completo pelo pessoal de saúde [8]
Notificação imediata às autoridades de saúde [7]
Início de terapêutica de suporte:
Reidratação agressiva (oral ou IV)
Controlo da febre e da dor
Gestão de complicações (hipoxemia, choque séptico, falência multiorgânica) [6][7]
Considerar terapias específicas:
Anticorpos monoclonais (mAb114/Ansuvimab ou REGN‑EB3/Inmazeb) [9]
Plasma de convalescente em casos selecionados [6]
Implementação de protocolos de gestão de resíduos biológicos e descontaminação [8]
O manejo eficaz da EVE exige uma resposta rápida, coordenada e baseada em evidência. As investigações em curso, incluindo vacinas e terapias específicas, oferecem esperança para melhorar o prognóstico desta doença devastadora.
Citações
Comentários